sexta-feira, 12 de julho de 2013

É ÓBVIO

O que dissemos em "Greves de Circunstância" tem a ver com as instruções e protecção que temos de dar aos nossos Associados se e quando forem violentados por grevistas oportunistas, que armam em mandões, mas que não passam de tigres de papel.
A nossa legitimidade de acção começa e acaba nos nossos Associados, Sr. A.P.
E não admitimos que qualquer piquete de greve ou, na falta dele, crie condições mais ou menos habilidosas de forçar os não grevistas, nossos Associados, obviamente, a permanecerem no serviço, enquanto os grevistas se alheiam das responsabilidades que têm de assegurar serviços mínimos aos doentes que em cada turno lhes estão distribuídos, pois que não é menos óbvio e lógico que os doentes distribuídos aos não grevistas não precisam de serviços mínimos porque já tiveram os máximos.
É que se a Constituição da República Portuguesa, ao consagrar o direito à greve deixa clara a liberdade de adesão, ou não adesão, à greve, o não grevista seja nosso Associado ou não, uma vez cumprido o seu turno, tem de abandonar o serviço,para não prejudicar o exercício do direito à greve.
Portanto, não só pode abandonar o serviço, como deve abandonar o serviço, pois nem sequer lhe podem pagar as horas que fizer a mais e que podem ser pagas, apenas, aos grevistas, em serviços mínimos.
A pergunta errada é: poderá deixar os doentes abandonados quem não está de greve?
A pergunta certa: por onde anda o piquete de greve, que representa o Sindicato, que decreta a greve e que é responsável civil e criminalmente, por tudo que acontecer aos doentes, em termos de serviços mínimos e vigilância do posto de trabalho?
Para garantir o direito constitucional de adesão à greve e/ou de não adesão à greve, o não grevista não pode interferir na greve a que não aderiu;
mas o grevista não pode abandonar o posto de trabalho, no qual faz greve, para não colidir com a liberdade do não grevista que nem directa nem indirectamente pode implicar na greve. A Lei das leis não permite abusos nesta matéria.
A greve é uma forma de luta radical e os grevistas têm de ser maximamente zelosos na execução da greve, não relegando para os não grevistas as responsabilidades que sobre os grevistas impendem.
Se não sabem as leis e o espírito que as enforma, estudem-nas, antes de se meterem nas coisas;
Se não sabem fazer greve, perguntem a quem sabe: nós estamos disponíveis para ajudar;
Se certos grevistas não têm respeito por si próprios, aprendam, ao menos,  a respeitar os outros, pois as manobras de intimidação, de que temos inúmeras queixas, vão acabar e esperamos que, da melhor maneira. Mas não deixamos de admitir o recurso a soluções adequadas se as coisas se complicarem e tenderem para a pior maneira.
A greve é uma forma de luta radical, se for cumprida com rigor, e onde não cabem leviandades ignorantes (porque do desconhecimento da lei ninguém de pode aproveitar), que enxovalhem esse direito que para se conseguir consagrado nas Constituições do Mundo livre, muitos activistas sindicais pagaram-no com a própria vida. Podemos fornecer nomes e o local ,dia e hora do seu enforcamento.

1 comentário:

  1. Se deixas ir para as 40 horas sabes quantos socios enfermeiros q estao no quadro te vao restar?????
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