sábado, 27 de julho de 2013

OS PUROS E OS IMPUROS

Os PUROS são uma casta abundante no nosso país a quem o outro classificou de filhos de pais económicos, uma espécie humana parecida com os toiros de cobrição municipais, e com a mesma função reprodutora, mas na versão "homo sapiens sapiens erectus".
Têm à volta da pele uma camada, que o seu sistema glandular segrega, que sacodem com a mesma destreza, que um cão sacode a água, quando interrompe a natação.
Tal como o cão, ao sacudir a água, com aquele gesto conhecido, semelhante ao de outros animais, para sacudirem as moscas dos pedaços de corpo que o rabo não atinge, quem está à volta apanha com a água ou com as moscas, consoante os casos e o animal, também os puros, da raça humana, filhos de pais municipais, os económicos (o catalogador não conhecia a palavra incógnito) herdaram essa capacidade cutânea, de sacudirem o que as suas glândulas segregam.
 Quando põem os músculos em trepidação para sacudirem o produto segregado, ninguém suporta o cheiro a m... que impesta o ambiente.
Os atingidos pelo seu cutidérmico produto, passam, a partir daí, a serem os IMPUROS, os alvos das sacudidelas cutâneas dos PUROS, que são os fazedores duma opinão de m... com que os Portugueses têm de se confrontar, constantemente.
Rui Machete foi um desses impuros, depois de atingido pelos produtos cutâneos, acima referidos.
A nomeação deste Homem para ministro seja de que pasta for, é uma mais valia para a carabana, que vai passando, enquanto os cães vão ladrando. É sinal de que o bom senso está a atingir o Governo, depois de outras experiências terem falhado.
Rui Machete foi Ministro dos Assuntos Sociais em 1976.

Nessa qualidade, esteve no epicentro da greve dos Enfermeiros, realizada, em 12 de Março de 1976, através da qual os Grevistas conseguiram conquistar o aumento de 6 letras nos vencimentos, que eram, então classificados por letras. Das últimas letras do alfabeto, passaram a estar nas 5 letras seguintes à D, inclusive.
A greve foi possível, porque a Intersindical, que assaltou os Sindicatos, do regime corporativo, mudando-lhes o sinal do sentido (agora esquerda/direita), nunca conseguiu entrar, no então Sindicato dos Enfermeiro do Norte, hoje SE, e acabava de ser expulsa do, então Sindicato dos Enfermeiros do Sul e Ilhas (Açoreanas), por um grupo de bravos lutadores autónomos, sem ligação directa ao gabinete de Vasco Gonçalves, como acontecia com os guardiões depostos do Sindicato Sul e Ilhas Açoreanas.
O que o Partido disse dos Enfermeiros, em luta, lembro-o. O PCP esteve sempre contra as lutas dos Enfermeiros, começando na promoção dos então auxiliares de enfermagem, até às tabelas que propunhamos; exactamente a começarem (as nossas), onde acabavam as deles: entre 2. 500$00 e 5.000$00, era a proposta do Sulilhas; entre 5.000$00 e 10.000$00 era a proposta do Norte a que aderiram todos os outros incluindo o Sulilhas, depois de purificado.
O materialismo dialéctico, o materialismo histórico, que os Marx/Engels defendiam, criando o chavão de que "a história se repete", não é que, com os Enfermeiros, volta a haver, no SE/SIPE uma proposta de tabela salarial, que começa em 2.200€00, quase onde acaba a do SEP, que começa por 900€00. (ver os valores exactos num quadro publicado neste blogue, "As duas faces da moeda" de 21.07.13; procurem...).
Ora, como já temos Rui Machate no Governo, a quem saudamos e felicitamos com inteira justiça, pois é a ele que os Enfermeiros devem uma apreciação justa do seu mérito enfermeiro, para isso tiveram de subir 6 letras, tal a degradação salarial a que tinham chegado, (em muitos aspectos igual à de hoje), agravada pelos intersindicalistas unicitários, podem os Enfermeiros, hoje, contar com uma voz avisada e sabedora, para transmitir aos netos dos ministros de 1976, o que foi a nossa greve e como a resolveu, satisfazendo de forma singular e justa, as nossas reivindicações.
Quis a circunstância que possamos limpá-lo da m...com que salpicam a sua imagem e mérito, pois trata-se de um homem bom e capaz.
É o mesmo que, às 3 horas da madrugada, da longa noite em que o Governo Civil e o Governo Militar (Conselho da Revolução) se dedicaram à solução dos problemas com que se debatia a Enfermagem, já nessa altura, estando em cima da mesa desses governantes, a possibilidade do decreto do "estado de emergência", foi ele que encontrou a solução certa e justa para resolver os nossos problemas, sempre espezinhados, ontem como hoje, pelos mesmos, cujos nomes não repetimos, por serem sobejamente conhecidos e para não lhes fazermos publicidade, desnecessária, aliás.
Seja bem vindo à dura missão de ajudar a Governar este país e conte com a nossa apreciação e divulgação dos seus dotes de que fomos usufrutuários.
Tão bem como nós, sabe que a canalha não perde tempo, por instinto de sobrevivência, a atirar pedras às árvores sem fruto. Ao contrário do que gostariam, por contraste, é essa canalha que garante o mérito das árvores produtivas, de que se alimentam, à pedrada.
A hora é de homens como Rui Machete e não de lacaios de ideologias à espera de epistemólogos que lhes confiram cunho cietífico: «socialismo científico só há um; o do Mar/Engels e mais nenhum». Os outros socialismos são todos utópicos, dizem os interessados na cientificidade do dito.
Neste mesmo blogue, iremos reproduzir algumas passagens do livro que escrevemos sobre a gloriosa greve de 1976, que calou o mundo e ainda, há bem pouco tempo, foi modelo estratégico para as Enfermeiras Finlandesas, nas suas reivindicações.
É dessa memória histórica que o ânimo dos Enfermeiros de Portugal está a precisar, em doses industriais, para os limpar do medo que "empatas" dos nossos dias, herdeiros genéticos dos de 1976, lhes vão injectando em doses mínimas e progressivas, para os encaminharem para becos sem saída.
Para esses, Rui Machete é um estrovo e um perigo, daí os ataques do PUROS, filhos de pais económicos ou municipais.

Eles a dar-lhe e...

Rui Machete presidiu a comissão de inquérito que ilibou Oliveira Costa de fraude fiscal

O actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, ouvido na comissão de inquérito à nacionalização do BPN, em 2009, garantiu que tinha pouca informação sobre o que se passava no grupo, apesar de ser presidente do conselho consultivo.
Machete esteve na FLAD entre 1985 e 2010 MIGUEL MANSO
No início dos anos noventa o actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, presidiu à comissão parlamentar de inquérito aos alegados perdões fiscais concedidos pelo ex-secretário de Estado de um Governo do PSD e, mais tarde, presidente do BPN, Oliveira Costa, a empresas do centro do país, nomeadamente, à Cerâmica Campos. No relatório final, os deputados ilibaram Oliveira Costa, que é hoje o principal arguido do caso BPN (onde o Estado já injectou cerca de 4 mil milhões de euros), de qualquer “actividade discriminatória culposa imputável”.
A nomeação de Rui Machete para ministro de Estado e chefe da diplomacia portuguesa surpreendeu os meios políticos e suscitou críticas à esquerda pela sua relação com o BPN. “No momento em que as fraudes do BPN e da SLN pesam tanto nas contas públicas e no bolso de cada contribuinte, julgo tratar-se de uma escolha de muito mau gosto”, afirmou o deputado João Semedo do Bloco de Esquerda. O ministro dos Negócios Estrangeiros respondeu após ter sido empossado. “Isso denota uma certa podridão dos hábitos políticos”, criticou, assegurando estar “de consciência tranquila há muitos anos.”
Em Junho de 1991 a imprensa noticiava que o então presidente do conselho de administração da Cerâmica Campos, Mota Figueiredo, tinha ido a São Bento garantir à comissão parlamentar de inquérito que o despacho de Oliveira Costa constituía um perdão de dívida fiscal de 2,5 milhões de euros (500 mil contos) para que a Celulose do Caima fosse comprada pela Caima. E informou que a operação tinha ficado “combinada” numa reunião realizada a 3 de Maio de 1990, na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, na presença de Oliveira Costa, de Mota Figueiredo, de Robin J. Edmeades, da Caima, assim como do delegado da Ernst & Young (Albino Jacinto) e da empresa que fez a avaliação da Campos, a Deco (Helen de Castro). Uma versão que coincidiu com a que o então administrador da Celulose do Caima, Richard Howson, deu aos mesmos deputados. Freitas do Amaral e Marcelo Rebelo de Sousa emitiram mesmo dois pareceres jurídicos onde apontaram para o carácter “executório e definitivo” do despacho de Oliveira Costa.
Mas a comissão de inquérito parlamentar, presidida pelo então deputado social-democrata Rui Machete, ilibou Oliveira Costa de quaisquer ilicitudes, ainda que considere o seu despacho, de 21 de Maio de 1990, que perdoa à Cerâmica Campos as multas e os juros fiscais compensatórios, “pouco claro e fundamentado”. O PS e o PCP não concordaram com a maioria parlamentar, centrada no PSD, e votaram contra.
Oito anos depois de ter sido ilibado pelos deputados, e após ter passado pelo Finibanco, como presidente, Oliveira Costa ascendia à liderança do BPN/SLN, autorizado a exercer as funções pelo Banco de Portugal. E iniciou um novo ciclo marcado por uma estratégia de negócio generosa que se destacava no mercado por remunerar os depósitos acima dos dois dígitos, quando a prática então mais comum se ficava pelos 3%. E expandiu um modelo empresarial complexo e opaco, centrado na figura do presidente executivo, a quem cabia articular as relações do grupo com os investidores, pequenas e médias empresas, e os órgãos sociais.
Foi neste contexto que dois anos depois, Machete assumiu funções na SLN/BPN, onde chegou a presidente do conselho superior (CS), uma estrutura não executiva e onde tinham assento os grandes accionistas. Um período que coincidiu também com várias polémicas, tornadas públicas à volta do crescimento meteórico da SLN/BPN. Ainda que muitos membros da SLN/BPN (nomeadamente no CS) tenham sido colocados à margem dos esquemas que contribuíram para a gigantesca burla. Aliás, Machete ouvido na comissão de inquérito ao BPN garantiu que tinha pouca informação sobre o que se passava no grupo e que ao CS chegavam dados escassos.
Na sua carta de renúncia a este órgão consultivo, datada de 7 de Janeiro de 2009, cerca de dois meses depois da nacionalização do BPN (o principal activo da SLN), o actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Passos Coelho justificava a sua presença no grupo de Oliveira Costa com o facto de a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) “ter adquirido 2.267.000 acções do BPN em Dezembro de 2000, acções que veio posteriormente a vender em alienações sucessivas, sendo a última em 2 de Março de 2007”. Nessa altura, a instituição criada com capitais americanos deixou “em definitivo” de ser accionista do banco.
Machete explicou, ainda, que se manteve no CS após 2007, porque os restantes membros “insistiram para que continuasse” dado “que a sua presença poderia ter utilidade para o esclarecimento do funcionamento do BPN e da SLN”. Com a nacionalização do BPN a existência do conselho superior na SLN perdeu sentido. Mas para além do investimento realizado pela FLAD, Machete terá igualmente comprado, a título pessoal, entre 2001 e 2005, cerca de 25.496 acções da SLN. Os títulos seriam depois vendidos, em 2006 e 2007, à FLAD, a que presidia (funções que exerceu entre 1985 e 2010). Esta informação foi revelada esta quinta-feira pelo Correio da Manhã.
O PÚBLICO tentou, hoje, ao final da manhã, por correio electrónico, confirmar a notícia junto de Rui Machete. No mesmo email, procurou saber qual o ganho obtido pessoalmente com a transacção e se a considerava compatível com as funções que então exercia na FLAD. Até às 21h o ministro não prestou quaisquer esclarecimentos.





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