NB: Na nossa revista pela imprensa encontramos algumas curiosidades; uma das quais é a repetição: os temas repetem-se como as notas musicais, numa peça musical: a tónica, a dominante, a sensível. São elas e a forma como se articulam, que dão o gozo aos ouvidos de quem não é surdo.
[Começamos por pedir desculpa por terem de usar o cursor para visualizar os textos, mas tivemos algumas reclamações de pessoas de vista cansada de lerem tanta coisa e, nem sempre, boa, de que os recortes eram pequeninos e não conseguiam ler. Felizmente há o recurso ao aumento das letras, mas, depois, não cabem na janela e a minha especialidade não é propriamente a informática. Às vezes, ir um pouco atrás, até dá vantagem para ver mais bem os movimentos das primeiras linhas. Olhem como os russos da "Espia" voltaram à máquina de escrever, com qúimico e sem químico, para não serem espiados pelos da microsofete. Isto é que é saber!
É só puxar para cima e para baixo; para a esquerda e para a direita. O tempo que se gasta neste arranjo poupa-se na leitura, pois as letras, sendo maiores, engolem-se mais bem. É.]
Voltando às fugas e aos estudos de grupo investigador, onde teses se confundem e ultrapassam as hipóteses é fácil concluir, mesmo sem estudos "ad hoc", que os Enfereiros fogem por necessidade de satisfazer necessidades básicas da pirâmide das necessidades; são as do fundo de todas, mesmo rentes aos alicerces.
Se lerem o que se diz nestes maravilhosos recortes, acima respeitosamente exibidos, que não conseguem ser originais, mas nos quais os autores ficam espantados como é que ninguém consegue pôr esta problemática em equação para lhe adaptar as soluções adequadas. Sim; quando se quer resolver um problema começa-se por equacioná-lo correctamente, para que a solução surja natural e automaticamente. O principal problema desta problemática é não haver apetência do tipo "ter apetite", para resolver estes problemas, conhecidos e reconhecidos.
Por exemplo: Cláudia Conceição e Joana Silva Ribeiro disseram ao [i] que em 2004 refugiaram-se no nosso país, para fazerem currículo, 1427 Enfermeiros Espanhóis; em 2010 já só havia 310, dos que vieram para ficar.
Também, na Espanha, se cometia o mesmo erro, que em Portugal, dura e perdura, se comete e continuará a cometer, enquanto não se for à raiz da coisa; os Enfermeiros do país Basco estavam [infra-aprovietdados], como a Secretária de Estado da Saúde da Catalunha, falando em nome de Bascos, Vascões e Euscaros, teve a coragem de concluir. E o fluxo dos nossos Colegas Espanhóis passou a ser de Espanha para Espanha, onde o currículo foi ajustado às circunstâncias.
O referido grupo da mobilidade migratória, que integra investigadores portugueses, provavelmente médicos, ou técnicos superiores de saúde, da escola de Telheiras, à espera de colocação num hospital do nosso SNS, não vai dedicar mais que uma linha, à fuga de Enfermeiros do nosso país.
Tal como os ingleses apostam loucamente, no provável nome do rebento real (de realeza), que se aproxima da luz do dia, porque a pricesa vai parir a todo o momento, também, nós estamos a pensar abrir uma banca, para aceitar apostas de quantas linhas, além de uma, que a experiência nos aconselha, vão ser gastas a demonstrar as razões por que fogem os Enfermeiros da sua terra natal...
Maus agoiros: [investigadores (é só investigação) do Instituto de Hiegiene e Medicina Tropical (IHMT) dizem que faltam estudos quanto à programação de Médicos de Família e de Saúde Pública, pelo menos desde 2001, apesar das projecções da tutela apontarem por carências nessa área devido ao volume de aposentações previsíveis até 2020 - quase 50% dos Médicos que iam aposentar-se, neste período, eram Clínicos Gerais (vulgo Médico de Família especialista nas doenças familiares).
Isto devia ter tido implicações no planeamento desde essa altura, dizem eles; que boa oportunidade de cortar o mal pela raiz, dizemos nós...
É lógico, correcto, como diz o outro quando as coisas lhe entram pelos olhos dentro, que os investicadores do Instituto Tropical reconvertido à microbiologia e higiene nacionais, como o INA à "requalificação" dos desqualificados de "funcionários a funções públicas", só vejam problemas Médicofamiliares higiénicos nos CSP; lógico, correcto, certo.
Para ver a coisa mais além serão precisos outros olhos, aptos a verem outras coisas ou as mesmas coisas, por outro prisma, doutra maneira.
Mas como é que alguém admite, no campo científico ou noético, segundo Sócrates, o Grego, essa maravilhosa criação platónica (não confundir com a versão portuguesa), se não é possível, sequer, formular a hipótese de ver mais além, porque quem nomeia os grupos também tem o redutor unidireccional metido na viseira!
Sofre das mesmas limitações do reduzido!
Quantos exemplos práticos querem para corroborar a dinâmica das nomeações de grupos isomorfos, (do grego "isos"- igual; "morphe" - forma), que garantam a isometria da coisa?
Às vezes até me quer parecer que andam a ler, às escondidas, não vá o diabo tecê-las, o Dr António Salazar, promotor da teoria; [Se queres resolver um problema, nomeia uma pessoa; mas se quiseres adiá-lo, nomeia uma comissão], neste caso, de investigadores, porque é de investigação que preciamos, ainda que já conheçamos os resultados, e já saibamos, a priori, que a água sem calor não ferve e continua fria e líquida, se não gelar.
Mais outra curiosidade para distraído ler: [sendo os Cuidados de Saúde Primários uma prioridade estratégica, as rácios (não os) de Enfermeiro por Médico estão longe das boas práticas e rácios internacionais], diz a autora.
Claro que para raciocinarmos logicamente, claramente, teríamos de definir os termos, ou premissas, ou proposições, onde vai assentar o raciocínio ou inferência: o que são CSP, o que será prioridade estratégica, o que será a ratio (de ratione) de Enfermeiro por Médico, o que são boas práticas e práticas boas, de quem e, em que circunstâncias.
Sabemos que estas coisas são chatas, quanto baste, sobretudo, num país, onde se evita, a todo o custo, que os estudantes entrem no nível do "lógico-formal", isto é; que pensem pelas suas cabeças utilizadas no campo da lógica e do logos. Naturalmente mantêm-nos no nivel do operatório-concreto, o que dificulta o abstrair, o projectar, o perspectivar. Convém não esquecer que a matemática é invenção humana dos raciocinantes, mas, onde o zero tem efeitos multiplicadores e não como nos nossos casos, que não tendo que multiplicar, anulam; devido em grande parte ao isomorfismo crónico dos grupos que Secretários de Estado nomeiam, seguindo a teoria salazariana, à distância. Há quem diga, a este propósito: "é mais do mesmo".
Fernando Pessoa dizia: [Salazar é palavra formada de sal+azar]. Talvez por isso os "pessoanos" da Saúde, se é que os há, usem mal o sal de que dispõem o que resulta em mau uso, logo, azar. Mas é o que temos.
Uma das boas práticas é retirar os Médicos dos Centros de Saúde, não obstante a invenção dos "Médicos de Família" (de que alguns se orgulham tanto) para dar emprego aos que já não cabiam nos hospitais, ou não tinham as boas graças do assistente.
E nunca mais pensaram noutra hipótese, como fizeram outros paises, os das "boas práticas".
Daqui resulta que, a rácio Enfermeiro/Médico é mais um disparate à medida de quem relaciona estas duas grandezas.
Para pessoa de sãos pensamentos, o lógico, o certo, o correcto seria racionalizar os Enfermeiros segundo o número de clientes ou utentes de serviços de Enfermagem e não segundo o número de Médicos.
Por que carga de água ou raio de coisa é que a rácio de Enfermeiros há-de estar em razão dos Médicos e não na razão directa dos UTENTES?
Nós, aqui, sabemos porquê, mas, hoje, não dizemos as origens desta asnice.
São estas teorias asnáticas [claro está que sabemos que os seus autores são asnos pensantes] que encarecem os preço dos cuidados prestados ou se preferem; o custo/benefício. Mas... e depois, onde que aqueles que se ocupam da sustentabilidade do SNS iam arranjar emprego?
Imagine-se com que havia de se preocupar o Ministro da Saúde se não tivesse tantos Médicos dos ditos Familiares a inventarem doenças e a prescreverem "remédios", mais ou menos "santos", para as curar!?
Até as empresas de transporte de doentes, que se vêem estrada acima, estrada abaixo, iam sofrer com a falta de tanta imaginação criadora para criar tanta movimentação patológica.
Só em Portugal endividado para pagar muitas coisas de que não precisa, mas, apesar disso, consome, é que a rácio Enfermeiro se invoca relativa ao Médico e não ao doente, utente, padecente ou cliente cidadão consumidor.
Nos tratados internacionais fala-se na rácio de Enfermeiro/família. Cá, até a nossa designação de Enfermeiro de família nos abarbataram, bifaram...
Consta que anda um grupo de surdos mudos a tentar encontrar espaço para implantar uma coisa que já foi só nossa: Enfermeiro de Família. Simplesmente não falam, não ouvem, porque essa é condição "sine qua non", de juramamento pré-nomeação!
Se lessem o que se escreveu há 50 anos bem medidos sobre esta matéria não precisavam de colectarem como investigadores inventores.
Mas a nossa vida é assim, mestre Alvim!
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