sexta-feira, 26 de julho de 2013

QUANDO 'WHITE CHAPEL' SE CONFUNDE COM WC



NB: Esta pequena história que ilustra várias coisas com muita graça, faz-nos lembrar quando o noivo para poupar tinta e espaço escreveu a capela branca (white Chapel) em abreviatura (WC) que o destinatário leu como WC.
Simplesmente o noivo falava de cerimónia nupcial (vulgo casamento) e o destinatário metia tudo na retrete, desde os ruídos com fanfarra e tudo ao número de convidados.
Quando a modéstia é excessiva e a sabedoria é muita o verniz esmilha.
Este é um bom exemplo aplicável aos profissionais do livro e do estudo livresco, que passam por cursos, concursos e recursos, (tudo em ursos), como cão pela vinha vindimada.
Lá dizia o sábio; quando a espiga tem grão ela verga-se humilde e pesada para a terra; quando está vazia, pelo contrário; eleva-se altiva aos céus; à procura do infinito que é aquele ponto onde as paralelas se cruzam, cansadas de andarem lado a lado.
A ingénua veraneante chamar a um Dourtor Mestre e tudo Enfermeiro, coisa que ele próprio sabe que nunca foi nem nunca virá a ser é um insulto a ele e à Classe dos Enfermeiros;
a ele, porque ou bem que havia de tirar tantos cursos para tantos recursos sábios; ou bem que havia de ser Enfermeiro, daqueles que tratam doentes junto da cama: isso nunca. Isso foi um insulto.
Dizem as pessoas geralmente bem informadas que a sua distância para com a doença e os doentes é tanta que até os horários que chefes do respigo fazem de costas, assina de cruz, para não misturar aquela cursoslhada toda com o cheiro a Enfermeiro.
Mestre dos mestres é outra coisa.
Quem terá informado a nossa colega que este herói era Enfermeiro sem se certificar se era assim, ou se já alguma vez tinha sido, mais que um "borderline" da Enfermagem.
Se estivesse mais bem informada não tinha cometido o erro de o tratar por Enfermeiro.
De qualquer modo; deu-lhe a ele uma boa oportunidade de dizer que é tudo menos Enfermeiros e a nós deu-nos um bom exemplo de anti-narcisismo bacoco e, sobretudo de humildade da mais pura que existe no armazém.
Quando escrevi algo sobre a República do Platão e as diferenças entre o conhecimento científico e o da opinião; o sensível e o inteligível, não esperava por um exemplo concreto tão elaborado.
Parabéns ao autor.
De facto, o sufixo "eiro" designa acção, junto dos Enfermos. Por isso Enfermeiro é o que "faz" Enfermos, como o sapat'eiro', faz sapatos.
Mas este "fazer", nos Enfermos, significa acção tendente a fazê-los regressar ao estado anterior ao de enfermos. Quem não se chega a esta manufactura, quem não usa o sufixo "eiro", pode considerar, como considerou, um insulto imperdoável, que pode levar à distinção académica, entre ensino público e privado; os valores de um e de o outro.
Colega, não volte a chamar enferm'eiro' ao homem, porque ele não tem nada disso ['eiro'] no currículo riquíssimo, mas sem 'eiro'!, digamos, inerte. 
A Enfermagem é uma grande Classe!
Sendo uma profissão de acção, das que têm o sufixo 'eiro', consegue alimentar opositores que teimam em ser agentes da passiva, para o que passam a vida a adquirir títulos e mais títulos académicos sem 'eiro', como advogado, onde não cola o 'eiro', como mestre...
Conspurcar tanta academia, puramente inerte, com um sufixo de acção 'eiro', é uma ofensa que o reparo da vítima de modo algum não traduz, porque também lhe falta um 'eiro' 
Viva a Enfermagem e os seus paradoxos horríveis!

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