quinta-feira, 18 de julho de 2013

SÓ NÃO HÁ DINHEIRO PARA OS ENFERMEIROS

Por necessidade e hábito velho lemos o Diário da República.
Hoje fomos "mimoseados" com uma notícia de a ARSLVT, a do famigerado Dr. Pisco, com a suspensão do regime de horário acrescido a 17 Enfermeiras.
O Despacho tem o nº 29423/2013.
Essas enfermeiras são da UCC da Amadora, UCSP da Reboleira Brandoa, Buraca Venda Nova USF Arco Iris.
Para bom entendedor meia palavra basta.
É que no mesmo DR vem a revogação do Decreto-lei que repristina até 2015 a possibilidade de aconchegar a bolsa dos médicos aposentados com bem recheadas pensões, para as quais alguns, até contribuíram com os respectivos descontos, de forma regular.
Não somos invejosos.
Somos vigilantes por dever de ofício de um Estado, onde a justiça social se rege por grupos de influência.
E o dos Enfermeiros, para não perturbar, andam por aí uns ficcionistas a inventar cartazes de publicidade enganosa, que os baralham e desmobilizam.
Convém não esquecer que os Enfermeiros dispõem, hoje de muito pouco tempo para cuidarem de si e dos seus interesses pessoais e profissionais.
Até nem dão conta dos avisos solenes e sérios que aqui vamos fazendo.
Repetimos: 85% da massa salarial do Ministério da Saúde é gasta com remunerações directas e indirectas dos Médicos e somente 15% se destinam a todos os outros.
Esperamos que as Colegas das áreas atingidas com o corte, que estão a fazer um excelente trabalho vão usando a estratégia do outro que está sempre a dizer que há falta de Médicos e o que é verdade é haver sempre bacocos que acreditam.
Não se matem a trabalhar nem a fazer, por 35 horas o que faziam com 45 ou 50 das quais vos eram pagas 42.
Já estão a dar como certas as 40 horas semanais.quando ainda está longe da conclusão o processo.
Não aceitaremos nunca, sem formas de luta adequadas se os colegas a eleas aderirem, essa manobra, se não for tratada como as 40 horas dos Médicos. Os bons exemplos são para seguir e imitar.
Está na hora de usarmos as armas sindicais: greves, sabotagem, tudo isto "ad hoc" bem entendido: uma espécie de fabrico de listas de espera, mas agora de serviços de Enfermagem.
Enquanto os Enfermeiros não se convencerem que são eles que têm por missão demonstrarem o valor e imprescindibilidade do seu trabalho, estes administradores curriculados não deixarão de fazer pouco de nós e dos nossos direitos, um dos quais é o da justa remuneração em termos de igualização.

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