Ontem uma Colega que assistia a uma acção de formação no Centro de Formação do Sindicato dos Enfermeiros- SE, lamentava os Sindicatos dos Enfermeiros não terem uma acção conjunta, de união de esforços.
Nós estamos de acordo com ela e com os que assim pensam, até mais não podermos.E onde é que não podemos mais?
É quando isso não depende de nós, mas de outros e de outras maneiras de estar no Sindicalismo.
No SE e no SIPE, pois podemos falar em nome destes Sindicatos porque estão federados na FENSE e unem os esforços e vão trabalhando em união de esforços para que o desastre da Enfermagem não seja maior, ainda do que já é.
Nesta FENSE entende-se que os Sindicatos não podem ser réplicas dos Partidos Políticos nem seus porta-voz junto dos trabalhadores, porque cada estrutura destas (Sindicato e Partido) perseguem objectivos diferentes:
- Os Sindicatos lutam, devem lutar, por melhores condições de vida e de trabalho dos seus Associados;
- Os Partidos lutam pelo poder e alguns dentre eles, servem-se até, dos trabalhadores para a conquista do poder do Estado e, depois abandonam-nos, por a forma como concebem o Sindicato e o sindicalismo, é assim; é essa sem discussão.
Como diz o Povo sábio: "cada macaco no seu galho".
Ora, se isto é importante nas Classes trabalhadoras, em geral, no seio dos Enfermeiros, esta dimensão de equidistância dos Partidos, adquire caracteristicas ônticas, essenciais, na sua estrutura profissional, pois que, é dever ético dos Enfermeiros, tratar todos os que precisam dos seus cuidados, como seres humanos, que são, despidos de tudo, que não seja a sua condição e natureza humanas.
É óbvio que, se é, e não pode deixar de ser assim, com o nosso exercício profissional, não podem as representações da nossa Classe, agir de forma diferente, quer na essência, quer na aparência, visto que mais uma vez, a sabedoria popular diz; "quem não quer ser lobo não lhe veste a pele". Lembrem-se da mulher do César Augusto, que foi imperador romano: "à mulher de César, não basta ser séria; a mulher de César também tem de parecer séria", para que aqueles que se orientam pelas aparências não confundam o parecer com o ser , ou a aparência com a essência, porque têm de ser coincidentes, visto que a nossa lei também pune e proibe a publicidade enganosa.
I Por isso, quando o Sr. Bastonário da Ordem dos Enfermeiros fez, em 7 de Novembro de 2013, pela 18 horas, a propósito da reunião, que estava a terminar, a pergunta:
Há alguém que discorde de que as Associações Profissionais e os Sindicatos e a Ordem, aqui presentes, trabalhem em união de esforços e de estratégias para o bem comum da Enfermagem?
Todos diseram que sim, com a única excepção do SEP que, pela voz do seu Presidente, se distanciou do conjunto, porque tinha de consultar a sua Organização, que é uma forma disfarçada e atenuada de dizer NÃO, como é facilmente entendível, para quem anda nos cargos de representação de algo ou alguém.
Daqui se infere que não é ao SE e SIPE - FENSE que devem fazer o apelo de união de esforços:
Muito menos devem fazer esse apelo em nome de quem não pode ser igual aos iguais, por razões várias, extra-profissionais.
Antes da destruição da Carreira de Enfermagem, destruição segundo a nossa maneira de ver e organizar a Profissão de Enfermagem, no seio do SNS, entenda-se, fizemos algumas reuniões para obter o consenso dos 4 Sindicatos representantes de Enfermeiros.
Obtido esse consenso, depois de várias deslocações dos Sindicatos da FENSE, selámos o dito consenso com a nossa assinatura, como sinal nosso, quando nos responsabilizámos por algo ou por alguém.
Feito isto, o SEP, pela voz do seu presidente informou;
Agora vamos fazer plenários a nível nacional para que os nossos sócios aprovem ou reprovem este documento.
Duas perguntas ao intelecto de cada um:
1) Imaginem que cada um dos outros 3 Sindicatos do consenso fazia o mesmo?
2) Se é sabida a visão que o SEP tem da carreira de Enfermagem - horizontal e com uma só categoria, a de Enfermeiro, como consta dos textos programáticos que publica, qual esperam que foi o resultado?
Se compararem o consenso obtido, naquela altura, com o que veio a publicar-se como carreira monocategorial que nem direito tem a chefias próprias, no sentido hierárquico do termo "chefia", nota-se que os referidos plenários a nível nacional, não podiam ser diferentes do que a mesa constituída pela CNSE (SEP e SERAM), se não aprovaram, consentiram que se aprovasse, como nojo de carreira, one há funções que vão da letra J à P que só podem ser desempenhadas por enfermeiros especialistas, que não existem, na carreira de Enfermeiro, com uma só categoria, porque o PRINCIPAL é uma categoria para "comissários" políticos a que os Enfermeiros, em geral, não têm acesso; nem sequer os actuais Supervisores.
Há alturas, NA VIDA, em que a VERDADE tem de surgir nua e crua, pura e dura.
Os Enfermeiros chegaram a esse ponto, estão na altura de pensarem um pouco em si e escolherem quem os deve representar.
Estão perante duas visões de carreira profissional, agora já bem definidas:
Se quiserem ser especialistas para ganharem mais e desempenharem mais bem, não podem optar por uma carreira, que nem a categoria de especialista tem para desempenhar as funções, que, na mesma carreira, que foi publicada, até só podem ser desempenhadas por Enfermeiro especialista, que não existe.
Não permitam que o ruído dos bombos e a fanfarra dos cartazes abafem o vosso direito de serdes Enfermeiros hierarquizados, como já fostes e podeis confirmar pelos resistentes ou SUBSISTENTES.
Não venham falar de união à nossa porta e no nosso Sindicato; batam na porta certa e falem com quem promove a desunião.
Os exemplos supracitados só têm esse objectivo: dizer a verdade e só a verdade, provada e comprovada.
Mas se há quem goste de ser enganado, não contribuir para enganar os outros, é uma boa prática, para ajudar os colegas, que também têm o direito de andarem disraídos e ao som da fanfarra, a verem para lá do alarido e a decidirem em consciência, no silêncio da meditação profunda sobre as causas destas coisas que nos vão acontecendo.
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