segunda-feira, 3 de março de 2014

SAÚDE POLICIAL OU O INVERSO - POLICIAL SAÚDE

SÁBADO, MARÇO 1


Saúde e virtuosismo policial…

O ministro Paulo Macedo, presente numa conferência organizada pela rádio TSF e o laboratório AbbVie sobre a sustentabilidade na saúde, aproveitou o ensejo para fazer mais um balanço virtual da actividade do seu ministério, alinhando pelo diapasão a que este Governo já nos habituou de debitar números favoráveis da estatística oficial,  desinseridos da realidade e expurgados de consequências sociais.
Assim, transformado em diácono da liturgia deste governo que privilegia o impacto mediático, omitindo o que de facto se passa, Paulo Macedo juntou-se aos que, ultimamente, eufóricos, declaram o país estatisticamente saudável enquanto as pessoas a custo (sobre)vivem. 
Verdadeiros diagnósticos de ficção.
Não faltaram taxas de execução do programa de ‘resgate’, colocadas, sintomaticamente, na fasquia dos 69% e de ‘repartição de esforço’ nacional da Saúde: IF - 38%; MCDT- 12%; RH- 12% e Utentes - 3%. Notável preocupação de ‘assépsia ministerial’ de fazer inveja à imagem que guardamos dos ‘guarda-livros’.
Sobre poupanças, abjurou ‘cortes cegos’, engenhosamente reclassificados de ‘virtuosos’. Convenientemente, passou ao lado dos números relativos às reduções de financiamento público (queda de transferências do OE para o SNS), onde de facto se enxerga a cegueira dos cortes (passe o trocadilho). Mas, espante-se, ‘contabilizou’, sem pejo, como (cortes) ‘virtuosos’ os meros casos de polícia (combate às fraudes) que, ultimamente, à falta de notícias da reforma da Saúde, têm preenchido diariamente as parangonas dos media.
Caso para gritar: Ó da guarda! Chamem a polícia!
É-Pá!

Entrevista


“Ou conseguimos reformar o sistema de Saúde ou ele ruirá”


Rosário Lira e Bruno Proença
03/03/14 00:06 
{NBreve: Se este fenómeno vê a Saúde como vê as pessoas vamos ter Merkelismo com bigode pela certa a varrer dos que não gosta.
Já agora esperem pela avenida de contentores, que vão ser montados nas peanhas, que os aguardam, como noivas pelo seu desejado!
Qual o preço que essa contentoria vai custar?
Se demolissem as consultas-musseques e o amianto com eles, mas sem aluguer de contentores, quanto dinheiro poupariam?
E o parque fechado com material da firma que ganha todos os concursos legitimados com os números dos carimbos a andarem para trás à mão (a energia está cara e não rende tanto... dizem que são 120.000,00€/por mês para se ver que ali há obra parada...
Tanta pudicícia até incomoda pela perfeição...} Digo eu.
Para o presidente do Hospital de São João, o sistema de Saúde não é sustentável. São necessárias reformas na área dos recursos humanos, medicamentos e dispositivos médicos.
O Centro Hospitalar de S. João, no Porto, presidido por António Ferreira, é uma referência em Portugal nos indicadores de qualidade mas também pelos níveis de eficiência alcançados na gestão dos gastos. António Ferreira é conhecido pela sua frontalidade e, para o médico, é necessário reformar o sistema de saúde ou acabará por estoirar. Ainda há espaço para reduzir a despesa mas é sobretudo necessária a reforma do Estado. António Ferreira é crítico do modelo de financiamento dos hospitais e não entra nas modas dos medicamentos inovadores - é preciso ter cuidado com o marketing científico.

Há doentes do interior do país que sofrem porque são recusados em vários hospitais. Há valências que os hospitais do interior não têm, só existem nos hospitais centrais. Como é que se garante que esses doentes não são recusados em diferentes hospitais? A questão que está a levantar não tem a ver com o financiamento. Um qualquer hospital que recebe um doente e, por exemplo, precisa de uma intervenção de neurocirurgia e o hospital da região não tem, esse doente é referenciado e transferido para o Centro Hospitalar de São João. É o que está estipulado. Não tem nada a ver com questões de financiamento. Os casos pontuais que têm estado a ser badalados têm a ver fundamentalmente com aspectos relacionados com o fluxo da informação e a existência de normativos que garantam que não há falhas em termos organizacionais. Têm tido mais impacto ultimamente não porque sejam mais frequentes. Está relacionado com o fenómeno que aconteceu há uns anos, quando Correia de Campos era ministro da Saúde, em que, de um momento para o outro, todos os dias nasciam crianças em ambulâncias e quando ele deixou de ser ministro da saúde nunca mais nasceram crianças em ambulâncias. 
http://economico.sapo.pt/noticias/ou-conseguimos-reformar-o-sistema-de-saude-ou-ele-ruira_188326.html

[NÃO OBSTANTE, CONTINUAM A NASCER CRIANÇAS EM AMBULÂCIAS.
mAS AS CAUSAS SÃO AS DA FALTA DE PARTEIRAS A NÍVEL DOS CENTROS DE SAÚDE - CUIDADOS PRIMÁRIOS, PORQUE ESTRAGAM O NEGÓCIO DOS GINECOBSTETRAS E SEUS CONSULTÓRIOS PRIVADOS.
QUEM JÁ NÃO SE LEMBRA DA PERSEGUIÇÃO A UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA QUE MIGUEL LEÃO ENQUANTO SEMI-BASTONÁRIO DOS MÉDICOS FEZ ACERCA DA EXPERIÊNCIA DA ULSM?!
NÓS ESTIVEMOS LÁ A DEFENDER A EXPERIÊNCIA E À AUTORA FORAM OFERECIDOS VÁRIOS LUGARES PARA A AFASTAR DA EXPERIÊNCIA, CADA QUAL O MAIS ALTO E DISTANTE ! ]
Zonas do interior sem INEM
2 Mar, 2014 At 10:38 
INEMViaturas são usadas para transferir doentes entre hospitais, deixando localidades onde fecharam SAP sem emergência médica. Já houve três casos graves em que VMER estavam ocupadas.
A utilização das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) na transferência de doentes críticos entre hospitais está a deixar as populações, sobretudo no interior do país, sem assistência médica.
O Instituto Nacional de Emergência Médica garante que o transporte secundário está previsto nas operações e o próprio ministro da Saúde, que reconhece o aumento da eficácia das VMER, assume que as “redundâncias do sistema não deixam ninguém de fora”. Mas só este ano foram já três as situações em que a VMER foi necessária e estava ocupada com o transporte de doentes, descurando o socorro primário.
O primeiro sobressalto ocorreu a 22 de Janeiro quando a VMER de Santa Maria da Feira foi chamada a acompanhar um transporte secundário entre o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga e o Hospital de Vila Nova de Gaia. A VMER esteve ocupada entre as 23h15 e as 01h15, à mesma hora que um sinistrado estava em perigo de vida. Foi o episódio de urgência com o número 14010763 e o sinistrado foi levado pelos bombeiros, segundo o relatório, “em periparagem ventilatória, com necessidade de entubação orotraqueal e ventilação mecânica imediata”.
Uma semana depois a VMER foi necessária, e activada pelo INEM, para intervir numa emergência médica em Penalva do Castelo. Mas a VMER estava em Coimbra a acompanhar um sinistrado, vítima de trauma, que havia sido transferido do Hospital de Viseu. Sem centro de saúde ou serviço de atendimento permanente (SAP), o doente acabou por fazer 30 km acompanhado pelos técnicos de emergência médica dos Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo.
O ministro da Saúde ouvido durante uma visita em Viseu, desvalorizou as queixas e adiantou que “a taxa de utilização das VMER tem vindo a aumentar”.
Paulo Macedo garantiu que “o sistema nunca entrará em colapso porque é redundante com VMER, helicópteros e ambulâncias de suporte de vida”.
Mas não foi o que aconteceu em Chaves com o transporte de mais de 400 quilómetros de um doente, que não encontrou vaga nos hospitais do Norte para a especialidade de neurocirurgia e foi encaminhado para Lisboa. VMER e ambulância estiveram ocupadas durante mais de dez horas, deixando 75 mil pessoas sem emergência médica.
Também em Viseu o mau tempo tem impedido a evacuação de helicóptero e de cada vez que um sinistrado é evacuado para Coimbra, devido à falta de neurocirurgiões, todo o distrito fica sem VMER.
Ao que apurou o SOL junto de várias fontes são os hospitais, que disponibilizam médicos e enfermeiros, que exigem o acompanhamento das transferências pelas VMER. Mas durante estes transportes é o INEM quem “questiona a VMER se vai ficar disponível porque tem ocorrências graves no pré-hospitalar e não tem meios diferenciados para enviar”
O INEM, que em Penalva do Castelo confirmou a activação e o não envio, assume, através de fonte oficial, que com “a integração das VMER nos serviços de urgência dos hospitais estas viaturas são frequentemente utilizadas no transporte de doentes entre hospitais menos diferenciados e hospitais com capacidade para o tratamento definitivo dos doentes”.
Segundo o INEM, as viaturas serão utilizadas “sempre que tal se justifique do ponto de vista médico, com doentes críticos, que são transportados para os hospitais com capacidade para o seu tratamento com acompanhamento”.
E no interior do país, onde as urgências fecharam com a promessa de melhoria no socorro pré-hospitalar, os doentes acabam por ficar sem socorro primário e com o hospital a dezenas de quilómetros de distância.
FONTE: SOL
NB : Entreguem isto aos Enfermeiros e deixem-se de brincar às casinhas do Portugal dos pequeninos
A idei da SIV tem o carimbo do Sindicato dos Enfermeiros.
Até JMS Bastonário se enganou a chamar-lhe suporte "intermédio" de vida, esquecendo que os Enfermeiros não servem de intermediários, pois quem passa as CO são os Médicos. (Digo eu)

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