segunda-feira, 10 de março de 2014

USF modelo B - REMUNERAÇÕES

USF B REMUNERAÇÕES <clique

O problema para o SE não é o que eles ganham, mas o que os outros perdem, relativamente.
Como diz o outro; "com o mal dos outros não me governo".
Mas, ao ler o comentário às omissões de o Sr. Correia de Campos nosso velho amigo e simpatizante, o erro está na escolha de forma de pagamento estar viciada:
O modelo B de USF só tem uma forma de pagamento - o incentivo pelo desempenho (4270,00€/Médico/mês) e o Dr. Pisco, Missionário de Correia de Campos, esqueceu-se das contas e não retirou o vencimento base, alternativa, como sucede com as outras USF e UCSP e UCC.
Todos os esforços que fizemos, na altura, moralizar a situação, aos Enfermeiros, bem documentados, para quem os quiser confirmar, consultando-os, foram inúteis.
Quase não percebemos, numa lógica, lógica, qual o espanto serôdio do TC se, ainda há bem pouco tempo, foi celebrado um ACT com os Sindicatos Médicos, o 3º da série, que teve de ser terminado, à pressa, num Domingo, porque vinha lá o papão troika e podia fazer perguntas incómodas, acerca das excepções que estavam a preparar para os Médicos, como as 40 horas serem voluntárias e condicionadas ao pagamento de 40% do vencimento, sendo obrigados os Médicos a permanecerem nas 35 horas e só saírem delas, contra pagamento e autorização.
{Todos os animais são iguais, mas há alguns que são muito mais iguais a alguns animais: animal de 4 patas é bom, é amigo; animal de 2 patas é mau, é inimigo! (tradução livre de "O Triunfo dos Porcos de George Orwell")}

Já agora: quando dizemos que a ACSS diz que  as remunerações com os Médicos consomem 85% do total da massa salarial do Ministério da Saúde de que pensam, caros leitores de que estamos a falar se não de dinheiro muito mal distribuído?
Lá bem no fundo, a vida custa a todos e "de homem para homem não vai força de boi, não é?!"

O que custa mais e envolve mais arte;
Operar um doente com todas as máquinas de recobro e gases apropriados a funcionar e uma boa equipa de Enfermagem a suportar o embate;
Ou aguentar, na calada da noite, vivo esse mesmo operado, sem qualquer apoio (tirando os dos cuidados intensivos)?!
Claro que não são os Médicos que têm de dar valor ao nosso trabalho enfermeiro; têm de ser, primeiramente os Enfermeiros a valorizar-se junto dos doentes, lembrando-lhes, diplomaticamente, que sem o nosso trabalho conhecido e reconhecido a vida deles ia parar no Hades, à espera de vaga no paraíso, isto para os operados, pois com os não operados a regra é a mesma.
Mas os Enfermeiros de tão ocupados que andam a cuidar dos outros nem dão conta que a valorização do seu trabalho é assunto que lhes diz directamente respeito e que não tem quem o faça por eles.
Sabemos que, além do trabalho, também há os interessados em distrair os Enfermeiros da valorização do seu trabalho, por isso os vão entretendo com umas migalhas, que caem da mesa dos Senhores.
É preciso dizer nomes?

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