A história é simples, mas com um significado profundo e frequente.
A cena desenrola-se num grande hospital escolar.
O personagem principal é um chefe de serviço, duma consulta a que decidiram chamar director de serviço, ao nível de Enfermeiro-chefe.
Embirrou com a delegada da Enfermeira-chefe e sentenciou:
«Na 2ª feira não a quero ver aqui, na minha consulta de que sou o director e quem manda, aqui; sou eu e só eu e não a quero ver mais aqui»; estava-se na 6ª feira.
Como é nossa Associada consultou-nos e decidimos aconselhá-la a não sair, para nos dar tempo a contactarmos o Conselho de Administração do CHLN.
Transmitimos ao citado CA as palavras mais ou menos à letra das ameaças à nossa Associada.
E na 3ª feira seguinte, passei a manhã na referida consulta para tentar verificar se, na presença do Presidente da Direção do SE-Sindicato dos Enfermeiros, se repetiam as ameaças do
"não a quero ver mais, aqui, etc".
Por razões que me escapam, a manhã foi calma e a nossa Colega continuou ao serviço, enquanto o CA agia, como entendeu, com os poderes que detém.
Entretanto, participámos a ocorrência, à IGAS, para agir, em conformidade.
Hoje tive conhecimento de que o "poderoso director" foi demitido, por inadequação para o cargo e vai ser substituído por outro, na próxima semana, de 1 de Fevereiro 2016.
É uma das vitórias, que apesar de aliviarmos a colega de um pesadelo, deixa-nos um sabor acre, porque aquele Médico, julgava que por ser Médico e director da consulta podia fazer o que a sua vontade determinasse, sem qualquer culpa formada, da parte da nossa colega, orientado pelo "quero, posso e mando" de que estava convencido.
Sabemos que com essa personalidade, deve ter suportado um duro revés, que só lhe provocamos por culpa dele, pois deu sobejas provas de não saber nada de administração pública, não obstante o cargo em que estava nomeado.
Felicidades muitas para a nossa Colega!
José Azevedo
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