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Hospital de São João nega negócio com plasma
Presidente do Conselho de Administração garante que todo o processo decorre dentro da legalidade
1 de Julho de 2015 às 17:18Redação / MM
O Hospital de São João (HSJ) esclareceu esta quarta-feira que aquela unidade de saúde “não ganha dinheiro” com o plasma dos seus dadores e disse que não é ilegal misturar esse plasma com o de dadores estrangeiros, que é pago.
Os esclarecimentos foram feitos pelo presidente do Conselho de Administração do HSJ, António Ferreira, aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde e surgem a propósito de notícias na comunicação social relacionadas com um contrato de fracionamento do plasma dos dadores do HSJ com a Octapharma.
Uma reportagem da TVI trouxe a público que Portugal não pode vender o seu plasma, mas pode comprar plasma estrangeiro de dadores pagos e que o HSJ começou este ano a aproveitar 25 mil unidades de plasma dos seus dadores, tendo feito um contrato com a farmacêutica Octapharma.
Segundo a mesma reportagem, a Octapharma mistura o plasma dos dadores do HSJ com o plasma dos seus dadores pagos, podendo “estar em causa uma ilegalidade com a venda de hemoderivados que detenham na sua composição plasma português”.
“Não andamos a ganhar dinheiro de forma nenhuma e não admito insinuações desse género”, afirmou António Ferreira, acrescentando que o hospital tem certificação das autoridades competentes no que respeita às condições técnicas de colheita conservação e armazenamento do plasma.
Veja aqui a reportagem da TVI
Quanto à “eventual venda de plasma” [pela Octapharma], o responsável disse parecer-lhe “uma impossibilidade”, dado que “a quantidade de plasma que sai dos congeladores do HSJ volta inativada, na mesma quantidade” e que “a outra quantidade de produtos que cada unidade deve dar, voltam exatamente para o hospital”.
O Conselho de Administração do HSJ esclareceu ainda que “não há nenhuma ilegalidade em que o plasma de dadores portugueses entre num ‘plasma master file’ a nível europeu de plasma de dadores de toda a Europa”.
A justificação por esta opção foi a de que o HSJ não tinha qualquer possibilidade de fazer o tratamento do plasma só com o português, pelo que a única hipótese viável seria a de “integrar o plasma dos dadores do HSJ num ‘plasma master file’, que o Infarmed autorizou e disse que era legal”.
Quanto à eventualidade de constituir um risco para a saúde dos portugueses estes receberem plasma oriundo de dadores de outros países, António Ferreira rejeitou por completo esta possibilidade.
“Acho que é uma pseudopreocupação, uma falsa preocupação e um erro técnico pretender-se que o palasma colhido em Portugal de dadores portugueses tem qualquer bênção que o tona mais seguro do que plasma colhido em dadores de outros países. Quando se fazem afirmações deste género tem que se ter fundamentação científica”, afirmou.
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