quinta-feira, 30 de maio de 2013

HORÁRIOS DE TRABALHO DOS ENFERMEIROS

Mal essa desculpa de mau pagador feita de Troika começou a dizer, onde os governantes, pouco convictos e, ainda menos convincentes, deviam mexer para "luteranamente", alguns trabalhadores dos menos iguais, nos quais o governo anterior catalogou os Enfermeiros, serem obrigados a comer o pão duro, que o diabo amassou, regado com o suor do rosto, já os predadores mandavam elaborar horários com 40 horas semanais, aos Enfermeiros, sem camas para dormirem, mas obrigatórias para os mais iguais, com o argumento de evidenciar o óbvio: que a seguir à noite vem o dia, em que é preciso trabalhar sem qualquer nexo nem lógica, nem justificação: apenas para demonstrar relevância e só.

Quem não se lembra daquela inusitada jornada dominical dos ministérios da saúde e finanças, para aprovarem um ACT de Médicos com 35 horas semanais, mas cuja desorganização interna demonstra, sem qualquer critério válido, que há falta de "horas médicas", por isso passariam a ser potenciadas com percentagens voltosas, uma forma de consagrar uma parcela de 5 horas semanais igual a 40% ou mais, do vencimento, já compostinho, visto que as horas extraordinárias iam ser retiradas aos outros, nos quais estão os Enfermeiros, à cabeça, enquanto vítimas dos vícios crónicos do Sistema. [convem lembrar que o sistema é composto por "imputs; black box; outputs]

Não é decente um governo eleito democraticamente, manter castas de menos iguais e mais iguais, tirando a uns tudo para dar tudo a outros.
Por isso avisamos que; acerca dos horários dos Enfermeiros iremos demonstrar que não podem ser aumentados de qualquer maneira, pois as consequências podem ser imprevisíveis.
Mas se for essa a solução, esquecendo que os Enfermeiros são um "Corpo Especial" das funções públicas, não por snobismo ou petulância, mas devido à complexidade e dureza extremas das suas horas de trabalho, então temos de exigir que, nas mesmas circunstâncias o tratamento deve ser igual, porque todos somos iguais, enquanto trabalhadores com horários. E os dos Enfermeiros não são do tipo fisga (estica e encolhe); são compactos.

Lamentamos a pressa {qual a pressa!} com que algumas Direcções de Enfermagem, que não têm funções sindicais, mas também não são o contrário; exploradoras alienadas, para se prontificarem  a sacrificar os seus dirigidos, sem as contrapartidas, que ao lado dos Enfermeiros e bem próximo deles, estão a ser distribuidas lautamente, baseando-se em sofismas e necessidades fictícias, que não resistem a uma mirada, com lógica!
Bastaria aplicar os mesmos métodos aos iguais e aos mais iguais, para se ver como em vez de faltarem, até sobram.

Aqui, neste contexto, já não há interesse nesse método do trabalho em equipa?!
Um dia destes, vamos demonstrar essa evidência, distorcida pelo sofisma, na organização do trabalho e nos horários dos mais iguais.
Lamentamos esta atitude enfermeira por todos os vícios que demonstra, que o tempo não apaga e regridem, de quando em vez, mas sobretudo, pela mentalidade abstrusa, que evidenciam, neste sector.
Já não bastavam os males com que os Enfermeiros se debatem, escolhidos para serem uma espécie de "bodes expiatórios" dos vícios que se foram desenvolvendo, num SNS viciado, como, ainda, terem de suportar o pau nas duas mãos de quem os dirige; aqui, agora, não há sequer, "pau numa mão e pão noutra".

Se em vez de irreflectidamente porem o "carro à frente dos bois" como soe dizer-se, pretendendo fazer muitas omeletas com poucos ovos, se empenhassem em demonstrar o papel relevante dos Enfermeiros dirigidos por elas; demonstração, aliás, extremamente fácil de concretizar, a partir da situação real, veriam melhorar a qualidade e aumentar a quantidade, através da motivação que não conseguem incutir nos seus dirigidos: mal dirigidos.

É que não se pode permitir aos Enfermeiros, que atirem, sistematicamente, para cima dos outros as culpas próprias.
O estatuto dos Enfermeiros Directores é simétrico ao dos Directores Clínicos, por isso nada justifica que uns sejam mais iguais e outros menos iguais.
Tudo depende da eficácia dos "cargos" e de quem os desempenha.

Haja maneiras!

Sejam decentes, para não nos forçarem a sermos indecentes!

Em cada dia que passa esgota-se mais uma boa dose da paciência dos Enfermeiros!

Nós não podemos estar junto de todos os Enfermeiros ao mesmo tempo para lhes lermos e explicarmos estas coisas; mas todos os Enfermeiros podem estar junto de nós através do que lhes escrevemos, no mesmo momento:
{Se maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé}, diz o ditado que, oportunamente citamos.

1 comentário:

  1. mas, entretanto, continuam os enfermeiros à espera, das lutas, da honra, da justiça...

    ResponderEliminar