quarta-feira, 22 de maio de 2013

POLÍTICA DE SAÚDE



Profissionais dos cuidados de saúde primários mais receptivos ao alargamento de competências dos enfermeiros

Um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), apoiado pelos escritórios europeus da Organização Mundial de Saúde (OMS) e recentemente publicado numa revista científica internacional, refere que Portugal é dos países desenvolvidos que apresenta um dos ratios mais baixos de enfermeiros por habitantes e por médicos, e um dos ratios mais elevados de médicos por habitantes, avança comunicado de imprensa.

Estes números levam especialistas a defender a revisão da composição da força de trabalho em saúde e o alargamento de competências dos enfermeiros, como medidas para melhorar o acesso da população aos cuidados de saúde e a eficiência na prestação de serviços, defende o estudo.

Várias experiências internacionais mostram que a expansão das competências dos enfermeiros pode ser implementada sem impactos negativos na qualidade dos serviços ou na segurança dos doentes e, até, com resultados positivos na satisfação dos utentes. Em Portugal, estas medidas carecem ainda de maiordebate público, mas já foram identificadas em documentos como a avaliação da OMS relativa ao Plano Nacional de Saúde 2004-2010, no relatório sobre a análise da sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde da Entidade Reguladora da Saúde, e no relatório final do Grupo técnico para a Reforma Hospitalar, do Ministério da Saúde.

Nos vários documentos, o alargamento das competências dos enfermeiros é proposto como uma medida custo-efetiva não só para tornar o sistema de saúde mais eficiente e acessível, bem como para ajudar a lidar com os “desafios demográficos”, salientando-se que algumas tarefas médicas podem ser executadas, de forma segura, por enfermeiros com formação adequada.

O estudo mostra que os profissionais dos cuidados de saúde primários serão os que estarão mais receptivos à transferência de algumas competências para os enfermeiros e destacam as seguintes áreas: gestão integrada da doença, doença crónica, seguimento da gravidez, cuidados a grupos vulneráveis, diabetes, hipertensão, nutrição, promoção da saúde ou tratamento de ferimentos.

Em relação à prescrição por enfermeiros, esta foi considerada aceitável para determinados exames complementares de diagnóstico e para alguns tipos de medicamentos, como os analgésicos, contraceptivos e antitabágicos, e antipiréticos, no caso de febre alta. Os profissionais auscultados defendem, contudo, que a formação dos enfermeiros necessita de ajustes e que a regulação profissional terá de ser adaptada, exigindo uma maior colaboração entre as ordens profissionais dos médicos e dos enfermeiros.

(…) E A CARAVANA PASSA

Começam a surgir, timidamente, os limites, onde acaba a resistência médica e começa a razão a impor-se, graças à "CRISE" instalada, que faz aguçar o engenho, que é um fenómeno, que a necessidade aguça.

A forma como os médicos, em geral, e os políticos médicos, em especial; têm atrofiado os Enfermeiros, está a ficar demasiado cara ao país e dolorosa aos Enfermeiros, digam os responsáveis o que disserem.

Do lado dos Enfermeiros, temos os médico-idólatras, que são normalmente os escolhidos, para certos cargos, que não precisamos de identificar, por demasiado evidentes: uns e outros. São eles com a sua acomodação aos hábitos médicos [decisão e comando] que ajudam a atrofiar a Enfermagem, cedendo, com a sua acomodação, o espaço dos Enfermeiros, que os médicos tentam ocupar, mesmo que seja através dos Enfermeiros, também eles vítimas de outros Enfermeiros; os médico-idolatras.

Falam estes estudiosos do IHMT de 2 relatórios, mas esquecerem o principal e mais recente, que foi produzido por peritos da OMS a rogo da extinta Alta Autoridade para a Saúde, cuja extinção demonstra, só por si, as mataduras do SNS, que pôs a descoberto, antes de se finar!

As tiradas hilariantes do José da Silva, o Bastonário Médicos, indo ao ponto desavergonhado de dizer que os Centros de Saúde estão a funcionar bem e não precisam de porteiros”.

Qualquer insurrecto banal, teria de calçar luvas brancas, para insultar os Enfermeiros de forma tão baixa e ordinária, por isso, bem imprópria de tão ilustre personagem!

Mas aconteceu, como temos vindo a noticiar, pois este paradigma síntese do porteiro, vindo do Sr. Silva, que não adjectivamos, não por falta de epítetos, mas por respeito da Classe que representa, que não foi a única que se equivocou a escolher o seu Bastonário. Há mais quem se engane.

Apesar de tudo isto, a caravana vai avançando, com passos seguros e sem retorno, no rumo certo e merecido, pelos Enfermeiros. É uma questão de tempo, que a crise parece encurtar, mesmo que os Bastonários não encontrem as palavras certas para definirem esta coisa inevitável.

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