Profissionais dos cuidados de saúde primários mais
receptivos ao alargamento de competências dos enfermeiros
Um estudo desenvolvido por um grupo de investigadores do Instituto de Higiene e Medicina Tropical
(IHMT), apoiado pelos escritórios europeus da Organização Mundial de Saúde
(OMS) e recentemente publicado numa revista científica internacional, refere
que Portugal é dos países desenvolvidos que apresenta um dos ratios mais baixos
de enfermeiros por habitantes e por médicos, e um dos ratios mais elevados de
médicos por habitantes, avança comunicado de imprensa.
Estes números levam especialistas
a defender a revisão da composição da força de trabalho em saúde e o
alargamento de competências dos enfermeiros, como medidas para melhorar o
acesso da população aos cuidados de saúde e a eficiência na prestação de
serviços, defende o estudo.
Várias experiências internacionais mostram que a expansão das competências dos enfermeiros pode ser
implementada sem impactos negativos na qualidade dos serviços ou na segurança
dos doentes e, até, com resultados positivos na satisfação dos utentes. Em Portugal, estas medidas carecem ainda de maiordebate
público, mas já foram identificadas em documentos como a avaliação da OMS relativa ao Plano Nacional de Saúde
2004-2010, no relatório sobre a análise da sustentabilidade financeira do
Serviço Nacional de Saúde da Entidade Reguladora da Saúde, e no relatório final
do Grupo técnico para a Reforma Hospitalar, do Ministério da Saúde.
Nos vários documentos, o
alargamento das competências dos enfermeiros é proposto como uma medida
custo-efetiva não só para tornar o sistema de saúde mais eficiente e acessível,
bem como para ajudar a lidar com os “desafios demográficos”, salientando-se que
algumas tarefas médicas podem ser executadas, de forma segura, por enfermeiros
com formação adequada.
O estudo mostra que os profissionais
dos cuidados de saúde primários serão os que estarão mais receptivos à
transferência de algumas competências para os enfermeiros e destacam as
seguintes áreas: gestão integrada da doença, doença crónica, seguimento da
gravidez, cuidados a grupos vulneráveis, diabetes, hipertensão, nutrição,
promoção da saúde ou tratamento de ferimentos.
Em relação à prescrição por
enfermeiros, esta foi considerada aceitável para determinados exames
complementares de diagnóstico e para alguns tipos de medicamentos, como os
analgésicos, contraceptivos e antitabágicos, e antipiréticos, no caso de febre
alta. Os profissionais auscultados defendem, contudo, que a formação dos enfermeiros necessita de ajustes e que a
regulação profissional terá de ser adaptada, exigindo uma maior colaboração
entre as ordens profissionais dos médicos e dos enfermeiros.
(…) E A CARAVANA PASSA
Começam a surgir, timidamente, os limites, onde acaba
a resistência médica e começa a razão a
impor-se, graças à "CRISE"
instalada, que faz aguçar o engenho, que é
um fenómeno, que a necessidade aguça.
A forma como os médicos, em geral, e os políticos médicos, em especial; têm atrofiado os Enfermeiros, está a ficar demasiado cara
ao país e dolorosa aos Enfermeiros, digam os responsáveis o que disserem.
Do lado dos Enfermeiros, temos os médico-idólatras, que são normalmente os escolhidos, para certos cargos,
que não precisamos de identificar, por demasiado evidentes: uns e outros. São
eles com a sua acomodação aos hábitos médicos [decisão
e comando] que ajudam a atrofiar a Enfermagem,
cedendo, com a sua acomodação, o espaço dos Enfermeiros, que os médicos tentam
ocupar, mesmo que seja através dos Enfermeiros, também eles vítimas de
outros Enfermeiros; os médico-idolatras.
Falam estes estudiosos do IHMT de 2 relatórios, mas
esquecerem o principal e mais recente, que foi produzido por peritos da OMS a
rogo da extinta Alta Autoridade para a Saúde, cuja extinção demonstra, só por
si, as mataduras do SNS, que pôs a descoberto,
antes de se finar!
As tiradas hilariantes do José da Silva, o Bastonário
Médicos, indo ao ponto desavergonhado de dizer que os Centros de Saúde estão a
funcionar bem e não precisam de “porteiros”.
Qualquer insurrecto banal, teria de calçar luvas
brancas, para insultar os Enfermeiros de forma tão baixa e ordinária, por isso,
bem imprópria de tão ilustre personagem!
Mas aconteceu, como temos vindo a noticiar, pois este paradigma síntese do porteiro, vindo do Sr.
Silva, que não adjectivamos, não por falta
de epítetos, mas por respeito da Classe que
representa, que não foi a única que se equivocou a escolher o seu Bastonário.
Há mais quem se engane.
Apesar de tudo isto, a caravana vai
avançando, com passos seguros e sem retorno, no rumo certo e merecido, pelos
Enfermeiros. É uma
questão de tempo, que a crise parece encurtar, mesmo que os Bastonários não
encontrem as palavras certas para definirem esta coisa inevitável.
Sem comentários:
Enviar um comentário