quarta-feira, 29 de maio de 2013

MAIS UM EXEMPLO PARA REFLECTIR

NUM SERVIÇO DE CIRURGIA duma ULS, onde se convidam os Médicos para aderirem ao regime de exclusividade com vista ao usufruto de algumas mordomias regalas não despiciendas.

Mas, nessa mesma instituição vejamos o que acontece no serviço de cirurgia com cerca de 18 Enfermeiros fixos e 1 de entrai e sai, segundo as circunstâncias relativas à clandestinidade. Ao que isto chegou...!
A situação é, quanto aos doentes das 34 camas, ainda aparecem mais 2 ou 3 para o corredor, sobrecarga, onde 1 = 3, quanto a esforço despendido, a começar pelo esforço de atenção, totalizando,+ou- 40 .
Pois, para fazer face a este universo clínico (acamado) e dos 17+1 esporádico Enfermeiros, a situação real e concreta é, objectivamente esta:
1 Enfermeiro foi reformado e não foi ainda substituído:
3 Enfermeiras usufruem de justo e legal horário de amamentação;
1 Enfermeira de licença por parto;
2 Enfermeiras com baixa.
Consequências:
1 Enfermeira tem, só uma, dos 2/3 que trabalham a tempo inteiro, acima das 140 horas pelas 4 semanas, + 40 horas, que vão habitualmente para o calote.
O desgaste que esta Enfermeira acusa é enorme e,  em breve, será mais uma Enfermeira doente, se não física, pelo menos psiquicamente, inevitavelmente.
Convém repetir que matematicamente, 1/3 dos Enfermeiros está ausente ou mais ou menos a tempo limitado, operacionalmente.
Como estarão as outras, (?), que já nem se queixam, porque, além de ter deixado de acerditar nos outros começam a desconfiar de si próprias?
Que mais exageros serão necessários para pôr em dúvida estas administrações de caris umbilical, que só reparam nas hipóteses próprias do grupo, o seu grupo, com o esforço mínimo,  retirar o  lucro máximo, sabido que é; o grupo no poder absoluto da saúde, que pratica horários de fisga, pois esticam e encolhem, consoante os interesses próprios, que não os do serviço. Até lhe oferecem a exclusividade e tapam as maselas, um pouco do muito, mas que contrasta com o abandono dos Enfermeiros às suas dificuldades extremas, não obstante o seu papel estrutural no hospital.
As outras Colegas Enfermeiras, já não se queixam, porque as circunstâncias abandalhas, sugerem o sofrimento em solidão, mais demolidor ainda.
Onde temos de picar os responsáveis, a todos os níveis, por esta situação?
A seringa é um instrumento que nos simboliza.
Se os outros usam o diagnóstico para obter dividendos, por que não usamos a seringa, com os mesmos fins úteis?!
"Na terra onde estiveres, faz como vires fazer"

Sem comentários:

Enviar um comentário