quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

SEIS MÉDICOS FORAM DETIDOS POR FRAUDE - OUTROS AGUARDAM A SUA VEZ EM LISTA DE ESPERA

Seis médicos detidos em operação anti-fraude
por Lusa
Médicos e farmacêuticos foram hoje detidos no âmbito de uma investigação relacionada com prescrições fraudulentas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A fonte adiantou que entre os dez detidos na Operação Consulta Vicentina, quatro mulheres e seis homens. Destes, seis são médicos e há dois farmacêuticos.
A ação de fiscalização conjunta entre a Polícia Judiciária, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e o Infarmed decorreu terça-feira e hoje na zona de Lisboa e do Algarve, tendo sido feitas buscas a farmácias e unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foram realizadas 33 buscas, entre domiciliárias, não domiciliárias e a consultórios médicos, e foi apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação.
Também foram constituídas arguidas outras pessoas singulares e coletivas.
A mesma fonte não soube precisar o montante da fraude, referindo apenas que é bastante elevado.
Contudo, num verão de 2012, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, estimou que as fraudes no SNS pudessem atingir os 100 milhões de euros.
A investigação a fraudes no SNS tem sido feita pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) em estreita colaboração com o Ministério da Saúde, no âmbito de um inquérito em curso no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Provavelmente já sabe e já leu.

Quem diria que, finalmente, se notam alguns progressos nestas matérias de fraude e ganhos ilegítimos, não só pelos prejuízos que causam ao Orçamento do Estado, como à saúde das pessoas, pois há, sempre, gente boa, ingénua que acredite nestes "inventores de doenças" e respectivas terapêuticas.
Há uma questão de fundo; estas fraudes não são acidentais, mas muito premeditadas e organizadas; sistemáticas.
«Eu respeito a fé, mas a dúvida é o que fornece uma educação» - Wilson Mizner.

[Não há nada mais excitante para uma campanha publicitária como um homem velho e impotente. Ao contrário deste, Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido por Pelé, é realmente sexy. O ex-futebolista brasileiro já passou dos 60, mas mantém-se esbelto, usa fato e gravata e são-lhe conhecidas diversas aventuras amorosas, o que aumenta grandemente a sua credibilidade.
Nos cartazes publicitários e nos anúncios televisivos, desde 2002, Pelé aborda um problema sobre o qual ninguém gosta de falar: «Problema da erecção. Fale com o seu médico; eu faria isso»
A campanha, pela qual Pelé deve ter recebido uma soma de dólares de seis dígitos, da empresa farmacêutica norte-americana Pfizer, é interessante por dois aspectos.
Em primeiro lugar, o vigoroso jogador, há muito retirado, segundo proclama, não tem problemas de erecção, mas sim problemas com a abstinência sexual: no estado actual, Pelé gerou quatro filhos com duas esposas, e conhecem-se-lhe, pelo menos, mais duas filhas naturais, fruto das suas infidelidades.
Por outro lado, surpreende que Pelé não faça qualquer menção ao Viagra, o comprimido contra a impotência fabricado pelo deu patrono Pfizer.
Precisamente, por isso, a campanha educativa de Pelé sobre a impotência masculina é um excelente exemplo das novas argúcias do marketing farmacêutico: em vez de anunciar aos quatro ventos os medicamentos, a tendência é fazer campanha das doenças através de revistas onde, em grandes letras, nos é dito que talvez sejamos impotentes, depressivos ou tenhamos fungos.
Pelé, obedecendo a ordens da Pfizer, a empresa produtora do Viagra, preocupa-se (pelos vistos por amor ao próximo) assim, em termos gerais, com a diminuição do vigor masculino dos seus companheiros de sexo. A flacidez do pénis, a disfunção eréctil, atinge grande número de homens, declara a estrela mundial. «O medo e a inibição impedem muitos homens de falarem com o seu médico sobre os seus problemas de erecção» diz Pelé, em nome da Pfizer. (press release da empresa Pfizer de 19-03-2002).
A empresa Wyeth, para citar outro exemplo, promove o quadro clínico da depressão. Sob o título {Questionário sobre o desejo}, publicou um anúncio na revista Bunte mediante o qual pretendia detectar doentes potenciais. (In Bunte nº 27/2002, ver também www.denkepositiv.com).
O texto rezava assim: «nem sempre a vida oferece o que uma pessoa espera. As pessoas sentem-se então desiludidas, e frequentemente dá-se uma quebra. Não há motivo para se preocupar. Mas se a quebra se prolongar, tudo se torna triste. E tristeza, a longo prazo, faz adoecer. Faça um teste pessoal agora mesmo». Seguidamente vinha este questionário.
{1 – Perdeu interesse pela sua relação ou é incapaz de sentir-se atraído como dando por ela?
2 – É-lhe difícil distrair-se dos problemas e dos receios em relação ao seu parceiro ou à solidão?
3 – Aumentou ou diminuiu muito o seu peso ou o seu apetite ultimamente?
4 – Tem dificuldade em conciliar o sono ou dormir toda a noite?
5 – A sua libido diminuiu, ou ultimamente já não sentia qualquer tipo de atracção sexual?
6 – Tem a sensação de que os seus amigos e conhecidos começaram a afastar-se de s?}
Quem responder “sim” a 4 destas perguntas, segundo a empresa farmacêutica, necessita de terapia e deveria» falar com um médicos da sua confiança». (O da família)
As empresas farmacêuticas ficariam encantadas por promoverem os seus comprimidos sem rodeios, directamente aos consumidores. Todavia, pelo menos na União Europeia, esta prática é proibida no que respeita a medicamentos de receita médica obrigatória. Dada esta necessidade, criaram-se as campanhas de consciencialização ou “disease awareness”, mencionadas no início do livro. Estas campanhas publicitárias, amiúde de carácter global, têm de consciencializar a população da existência de determinadas enfermidades, com o intenção oculta de vender os medicamentos e as correspondentes terapias.
Este método indirecto de promover medicamentos cada vez mais goza de maior popularidade no sector farmacêutico.
O ano de «2001 viu surgir um número crescente de empresas farmacêuticas dedicadas a iniciativas de educação do público», comenta o perito em marketing Chris Ross. « O doente informado torna-se rapidamente o alvo central das estratégias de mercado da grande indústria farmacêutica».
[Uma pessoa saudável é a que foi mal examinada (opinião médica)] . (in  “Os inventores de doenças” de Jörg blech).

Por este pequeno excerto da obra citada se pode ver como e onde se gasta o dinheiro destinado à saúde/doenças das pessoas, para que se pague tão mal aos Enfermeiros.
São comparticipações (luvas) que chegam aos prescritores desde as mais atrevidas, às mais subtis maneiras;
São campanhas de diagnósticos de doenças que a estatística (tratado de probabilidades) sugere como certas; ciência infalível filha do conhecimento científico mais genuíno.
São as televisões, que, desde manhã cedo, começam a falar-nos da maneira de combater a caspa, pela voz de um conceituado dermatologista, aos rastreios dos cancros do cólon, da mama, da chupeta e o que mais se possa imaginar, rastreios que os países evoluídos estão a refrear cada vez mais, pois os erros de leitura estão a prová-lo, cientificamente, são mais prejudiciais à saúde do que os hipotéticos cancros, na lógica médica: “se não tens uma doença é porque foste mal examinado”, mas hás-de vir a ter e corres o risco se não te abeirares do teu médico, dito de família, de morreres distraído, com uma “paragem cardiorrespiratória”. E, o que é mais grave, sem um diagnóstico.


MAS A VIDA É MESMO ASSIM, MESTRE ALVIM!

NB: aguardo a todo o momento que o Sr. Bastonário da OM emita o seu douto parecer, para o cômputo dos erros de Enfermeiros e Médicos.
Para já, o saldo é largamente favorável aos Enfermeiros, pois estes, até os bons conselhos dão sem taxa moderadora nem factura, por isso é que o Sr. Secretário de Estado Adjunto de Ministro da Saúde não deixa separar a contabilidade de quem faz e  de quem recebe. SAPE - SAM.
Só mais uma gracinha; lembram-se da campanha dos problemas de erecção e falta dela: consulte o seu Médico, ou o Farmacêutico. Nunca falavam em Enfermeiro, porquê?
Talvez nesta omissão esteja uma boa explicação natural de o Sr. Dr. José Manuel da OM estar sempre em antena, com textos aprovados pelo encarregado de pôr o pó de arroz na cara e o Germano da Silva, Enfermeiro, nunca aparecer.
E os outros que aparecem é porque convém a alguém, não Enfermeiro que apareçam. Aqui no SE há bons exemplos, a começar por mim.
Como tratamos essencialmente de problemas de Enfermeiros isso não é notícia, porque não é do tipo do "homem a morder no cão".
Isto só significa que temos de dar mais voz ao silêncio.
Com amizade e muita atenção,
José Azevedo

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