[ENTREVISTA
No seu país o papel dos enfermeiros hospitalares ganhou importância. Esse debate existe em Portugal, mas com forte oposição dos médicos.
Há imensos casos em todo o mundo de enfermeiros a assumirem com muito sucesso aquilo a que nós chamamos em Inglaterra “papéis prolongados”. É no entanto essencial que isso seja feito de forma muito sistemática e rigorosa. Por cada alteração que fizemos [de transferência de competências] montámos um programa que analisava os dados, os protocolos, a formação, e garantia que havia supervisão adequada.
No Ocidente, "podemos aprender muito com os pobres" na área da saúde
02/02/2014 - 08:43
Nigel Crisp é um lorde inglês que quer virar o mundo de pernas para o ar nas políticas públicas de saúde. A Gulbenkian pediu-lhe que durante dois anos estudasse a fundo o nosso sistema. A conferência de amanhã surge a seis meses do fim do trabalho
No seu país o papel dos enfermeiros hospitalares ganhou importância. Esse debate existe em Portugal, mas com forte oposição dos médicos.
Há imensos casos em todo o mundo de enfermeiros a assumirem com muito sucesso aquilo a que nós chamamos em Inglaterra “papéis prolongados”. É no entanto essencial que isso seja feito de forma muito sistemática e rigorosa. Por cada alteração que fizemos [de transferência de competências] montámos um programa que analisava os dados, os protocolos, a formação, e garantia que havia supervisão adequada.
Os resultados mostram que tivemos sucesso. Essas mudanças foram sobretudo lideradas por médicos. No Reino Unido as Ordens de Médicos têm sido muito cautelosas mas acabaram por ser convencidas pelos resultados. Com formação mais sofisticada, os médicos deviam fazer as coisas que só eles sabem fazer. Se não for assim, é um desperdício do seu tempo e conhecimento.
Como se enfrentam os interesses corporativos sem perder os profissionais, sem os quais as reformas não acontecem?
Em todas as profissões, há pessoas motivadas por interesses individuais, salários ou estatuto. Mas essa não é a norma na medicina. Conheço muitos médicos e a vasta maioria foi para medicina para ajudar os outros. Fiquei muitíssimo bem impressionado com os que já conheci em Portugal. Um facto decisivo em Inglaterra foi termos envolvido os médicos no processo de decisão. Muitas vezes, eles trazem soluções mais radicais e melhores do que os leigos.]
NB: O cerco vai-se apertando e os Enfermeiros têm de se ir preparando para assumirem o seu verdadeiro papel, que não é o que os inventores "complementaridadistas", cuja estupidez tenta reduzir tudo à expressão mais simples, lhe reservaram.
O SNS precisa deles, dos Enfermeiros, na sua verdadeira posição.
É urgente e necessário libertar a Enfermagem dos que tudo destroem, para dominar, manipular, utilizar.
A Profissão Enfermeira é incompatível com sectários, sectaristas e afins.
Estamos a iniciar a sua recuperação, porque o tempo urge.
E as coisas não estão a correr nada mal.
Com amizade e atenção
José Azevedo
Em todas as profissões, há pessoas motivadas por interesses individuais, salários ou estatuto. Mas essa não é a norma na medicina. Conheço muitos médicos e a vasta maioria foi para medicina para ajudar os outros. Fiquei muitíssimo bem impressionado com os que já conheci em Portugal. Um facto decisivo em Inglaterra foi termos envolvido os médicos no processo de decisão. Muitas vezes, eles trazem soluções mais radicais e melhores do que os leigos.]
NB: O cerco vai-se apertando e os Enfermeiros têm de se ir preparando para assumirem o seu verdadeiro papel, que não é o que os inventores "complementaridadistas", cuja estupidez tenta reduzir tudo à expressão mais simples, lhe reservaram.
O SNS precisa deles, dos Enfermeiros, na sua verdadeira posição.
É urgente e necessário libertar a Enfermagem dos que tudo destroem, para dominar, manipular, utilizar.
A Profissão Enfermeira é incompatível com sectários, sectaristas e afins.
Estamos a iniciar a sua recuperação, porque o tempo urge.
E as coisas não estão a correr nada mal.
Com amizade e atenção
José Azevedo
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