No "expresso da meia-noite", que por sinal começa às 23 horas na Sic - Notícias, ouvimos no dia 7/02/14 falar da classificação que no dia 8/02/14 o semanário Expresso iria atribuir a 10 hospitais tendo os HUC destronado, do 1º lugar, o HSJ.
Falaram:
MS - Paulo Macedo;
Prof. da UNL - Pedro Pita Barros,
Presidente da Associação de Administradores Hospitalares - Marta Temido
Pres. do CA do HSJ DR. António Ferreira.
Disseram coisas já muito sabidas porque sempre as mesmas respostas para problemas iguais e diferentes.
O Ministro da Saúde tem aquela ideia fixa altamente obsessionante: quantos mais Médicos contratar menos problemas tem, embora já tivesse tempo para aprender que além dos problemas naturais também devia encontrar soluções para os problemas que os médicos inventam e criam de raiz.
Mas enche a boca com a existência de recursos financeiros para contratar todos os Médicos que aparecerem; se não contrata mais, é porque não os há.
Até já abriu 1700 vagas fora os que foi buscar à bancada dos reformados.
Continua a enganar-se com a raiz do problema da sustentabilidade, apesar de gozar da fama de bom nas contas. Mas em saúde há causas que não são, propriamente, matemáticas.
Mas o Prof. Pita Barros lá lhe lembrou que com menos dinheiro se pode fazer mais e mais bem, do que se está a fazer.
Lembrou-lhe os Enfermeiros para os CSP e o alargamento da sua esfera da acção. Mostrou perceber da coisa e não estar a dar pomada aos Médicos, onde o MS pensa que está a força do SNS.
Claro que o Ministro da Saúde não o culpado da doutorice que se infiltrou na sociedade, até aos mais ínfimos interstícios. Esta ideia padrão vem dos tempos aureos do Estado Novo em que doutores eram os Advogados, os Médicos e os Engenheiros.
Com a depuração da ideia e a sua ligação à doença e ao medo de morrer, que os viventes sempre alimentam, como ficção e curável se forem ao Médico, o título de doutor passou a ser um exclusivo Médico e a ambição das criancinhas, que quando pequenas querem uma boneca, quando cerscidas, querem ser Médicas.
Os outros, nos quais se incluem os Enfermeiros, são licenciados, simplesmente.
Convencido, ao que tudo indica de que a Medicina é uma ciência, o Ministro da Saúde pensa que resolve cientificamente o que não é científico, pois cada pessoa é um caso diferente de todos os outros, até nos gémeos.
Ora, se a saúde não é científica, tem de haver uma maior e melhor distribuição dos recursos para conseguir efeitos paracientíficos.
Mas este Ministro é pela doutoria. Para ele técnicos de saúde só os Médicos, embora o seu papel principal seja descobrir doenças, que não conseguem tratar sem a ajuda de outros onde não podem faltar Enfermeiros.
Mas como não os sente importantes, como tem demonstrado exaustivamente, apesar dos apelos ao bom senso, ao bem maior, que lhe vêm desde o PM ao PR à AR; nada. Só Médico e se não há, fica a vaga.
Isto de ter ideias fixas, é muito bom, quando as ideias são bosa; mas é muito mau quando as ideias não são tão boas como as impingem.
Isto de passar a vida a falar nos problemas económicos dos Médicos e dos medicamentos que receitam, quando são os que têm menos problemas, acaba por ser uma doença, com tendência para a cronicidade!
Com amizade
José Azevedo
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