NB. Sabemos que:
1 - Os doentes para cirurgia vão prescindir do seu Médico de família e do outro; um cheque vai ditar-lhe o destino, que tanto pode ser a 60 como a 600 km de distância da sua casa e dos seus familiares.
2 - Alguns problemas com a ausência da sua família, do seu Médico, do seu café, caso aceitem ser operados fora do seu habitat.
Nisso JMS tem razão, porque está sempre a falar, sobre a saúde e ninguém dá um passo sem que ele emita a sua opinião. A saúde é dele.
Neste caso, damos-lhe razão; o cheque desumaniza a cirurgia, porque desenraiza a vítima do seu ambiente e não pode contar com o apoio íntimo dos seus familiares e amigos, em hora de vida ou de morte, pois há sempre um risco latente, que espreita.
A gripe mortal já fez a sua aparição e serve para ilustrar a ideia que o povo tem de ir ao Médico; para muita gente é equivalente a não ter doença nem, morrer; ou pior, é garantia de cura de que a doença está curada ou em vias disso.
Repare-se no título "entrou em coma depois de ter ido 4 vezes ao Médico". Teve sorte pois alguns entram logo à primeira, ou antes desta.
Por acaso, até cdontinuou a ter sorte, porque o Médico não armou em adivinho e foi honesto ao estudar a evolução do estado da sua doença.
Depois, foi sossegado e tratado em sossego.
Mas convém não esquecer as 2 mortes por falta de vacina para a A e este caso de agravamento progressivo.
Claro está que assim, com exemplos destes, em que o Povo exprime o que pensa é mais fácil perceber as preocupações do Ministro da Saúde em contratar Médicos nem que venham do Patagónia ou da Cochinchina. É que com os Médicos os conflitos de negligência e afins ficam minimizados, pois "até foi ao Médico". E morreu; mas...
Ficamos a saber, também, nestas duas páginas, que Ministro da Saúde vai decretar a extinção dos micróbios. Já alargou o grupo de intelectuais com extensão aos Directores Executivos de ACES, em conjunto com os Conselhos Directivos de ARS e, obviamente: os directores das cadeiras de microbiologia, para demonstrarem, seguindo Pasteur, que os micróbios não são de geraçãso expontânea, reproduzem-se.
Um valioso contributo, para alimentar, engordando, esta fauna microbiana, é o desconhecimento da sua existência e reacções, que as empregadas de limpeza de outsourcig do grupo low cost, contratadas por gente da área, demonstram sem qualquer disfarce.
Como não sabem nada nem podem contar com a orientação de Enfermeiras Chefes, das que comeram o pão que o diabo amassou, para atingirem a categoria e que, já não interferem nessas coisas, porque as sucessoras ainda não foram convidadas a darem o seu contributo, como continuadoras de Florence, quando descobriu que o segredo esta no controlo das infecções e reduziu a mortalidade de 42 para 2%.. Além disso os micróbios intelectualizaram-se, espiritualizaram-se.
O Ministro pensa combater as infecções com um ou dois despachos, no máximo, tomando à letra os seus bons ofícios acima sugeridos; são feitios.
Esperamos que descubra rapidamente, que a solução está, em grande parte, nos Enfermeiros, porque nasceram, no meio dos micróbios e já conseguem tratar algumas triades, por tu.
Mais uma palavra ministerial sobre a Linha da Saúde 24 e o Administrador, que bem podia estar a ser mais útil noutros sítios do que estar a aprender a fazer omeletas sem ovos, para ser agradável ao Ministro da Saúde, que lhe cortou 70% da tensa, se não está mentir. Quase o deixava sem cheta para fazer anúncios de página em vários jornais.
Acabar com aquela linha seria um alívio para os que vivem das opiniões, que incutem, nos doentes, "basta ir ao Médico e, já está".
E alívio para os que se divertem a entupir urgências de hospitais.
Na dúvida, é melhor mantê-la, desde que não dê muita despesa e escravize os Enfermeiros. Sempre é mais um trabalho muito proveitoso dos Enfermeiros e muito mal pago, para testar a sua resistência.
Até sobram muitos milhares para fazer anúncios de página a custarem muitos milhares de euros, a insultar a Enfemeira no seu todo, mas muito em especial, a da linha saúde 24 horas.
O Sr. Ministro da Saúde está a ser um generoso contribuinte do JN do DN, não está!?
Oxalá resulte!
Com amizade,
José Azevedo
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