A ROSA SALVADORA DE QUEM QUISER SALVAR O SNS.
Será o SNS à portuguesa um bom negócio?
Para alguns é.
E quem são esses alguns?
Os que directa ou indirectamente estão ligados aos fornecimentos e despesas.
Para que haja movimento normal e anormal, no SNS é preciso manter o hipocondrismo em níveis. elevados. Para isso, em quem o tem é de manter; em quem o não tem, é de criar.
Basta descentrar o SNS das duas entidades fulcrais: Doentes e Enfermeiros, para que os níveis do dito hipocondrismo se mantenham ao nível desejado do lucro fácil e inevitável.
E esse surge, naturalmente, como por magia, no método "médico-cêntrico", que o actual ministro se esforça por manter, em nome da reorganização "no mais do mesmo", à sua maneira.
E se não houver Médicos para manter o dito hipocondrismo consumista, busquem-se os aposentados.
E se os aposentados não quiserem regressar, pois, na 1ª quem quer cai, mas, na 2ª, só cai quem quer, mandem-se os exploradores aos recantos florestais e pacíficos da America Central e ou do Sul e de lá vem um produto extemporâneo e de formação fácil e rápida com rótulo, para português ver, que, à falta de melhor e dos que conseguem, por cá, classificações próximas dos 20 valores, nos colégios do PPP, com notas a pedido, aí vêm os Índios.
Entretanto, para que os Enfermeiros não descaracterizem esta lógica, despacham-nos, em grande velocidade, para os países, onde racionalizam mais bem as verbas disponíveis, para o seu SNS.
Mas não pensem que vamos culpar, só os governantes; os Enfermeiros também têm culpas ao não treinarem tácticas adequadas a ocuparem o centro do SNS.
E os que os formam, começam por ser os principais culpados.
Em 1972, o CICIAMS promoveu um congresso duma semana, em Madrid. Esta Associação era a luz cultural da Enfermagem, comandada em Portugal pela Emília Maria da Costa Macedo, esse foco luminosos na escuridão.
Foi o meu baptismo, na internacionalização.
Sabem qual foi a proposta dos alunos de Enfermagem, que também congressavam?
Pediam aos professores de Enfermagem, que ilustrassem as suas lições, contando casos da sua experiência, com os doentes, para fixarem mais bem as teorias respectivas.
Vamos agora fazer um pequeno exercício, puramente mental:
Qual seria a resposta, em Portugal, se os alunos se dessem ao trabalho de fazer uma proposta, deste estilo, aos seus professores.
E vou terminar, para não ser acusado de escrever muito, para dizer coisas simples...
Claro que também se poderia dizer que escrevo muito para quem lê muito pouco.
Mas é sempre difícil fazer introspeção, porque é mais fácil ver o argueirito no olho do parceiro, através da trave que temos nos nossos olhos do que ver essa trave.
Ler coisas úteis é bom.
Com amizade,
José Azevedo
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