sábado, 21 de dezembro de 2013

USF - COMUNICADO DO SIM (Sindicato Independente dos Médicos) E NÃO SÓ


[ I ]

[COMUNICADO DO SIM (Sindicato Independente dos Médicos) 

USF's: Estado não é pessoa de Bem

18-12-2013

O modelo organizativo das USF modelo B pressupõe o pagamento de incentivos financeiros aos elementos de enfermagem e aos secretários clínicos nos casos em que o desempenho da USF atingiu patamares contratualizados.

Com o já crónico atraso, estava previsto o pagamento em Dezembro de 2013 dos incentivos relativamente ao ano de 2012, estando inclusive algumas ARSs já a processar tais quantitativos.

Mas eis que á última da hora, num momento de iluminação, “e por decisão do Senhor Secretário de Estado Adjunto de Sua Excelência o Ministro da Saúde, foi suspenso o pagamento dos incentivos financeiros das USF, relativos ao ano de 2012, aguardando-se orientações por parte do Ministério das Finanças e da Administração Pública / DGAEP, relativamente à questão de saber se o seu pagamento está englobado no disposto no artigo 35º da LOE para 2013 - Lei nº 66-B/ 2012, de 31 de dezembro - proibição de valorizações remuneratórias”, numa demonstração de pouco respeito pelos profissionais, até porque se tal dúvida existe deveria ter sido colocada há longos meses.

É por demais conhecida a discordância do SIM pelo afastamento dos profissionais médicos destes incentivos, discordância essa aliás reafirmada nas recentes negociações para revisão da Portaria específica.

Mas está aqui em causa a recompensa pelo trabalho de uma equipa multiprofissional, da qual depende o sucesso e resultado final.

Pelo que o SIM exorta os médicos seus associados a manifestarem solidariedade activa para com os outros sectores profissionais que estão a ser esbulhados da recompensa pelo seu esforço e pelo seu trabalho].
 
Notem bem, Colegas Enfermeiros e leitores deste blog; se este comunicado diz o que parece dizer a coisa é bastante mais grave do que parece dizer.
Vejamos o último §:
Pelo que o SIM exorta os médicos seus associados a manifestarem solidariedade activa para com os outros sectores profissionais que estão a ser esbulhados da recompensa pelo seu esforço e pelo seu trabalho»-
Quererá isto dizer que os cortes são apenas para os Enfermeiros e administrativos?
Que até estão a ser solidários com os que sendo não-médicos estão a ter problemas com os incentivos que a eles (sim-médicos) estão garantidos e, até, "indexados ilegalmente", à remuneração base dos sim-médicos?
São tudo dúvidas a que precisamos de obter respostas nas primeiras e próximas horas do dia ou da noite.
São, tão-só, alguns dos reflexos de 85% da massa salarial bruta do Ministério da Saúde estarem a ser atribuídos ao grupo dos "sim-médicos", enquanto os restantes 15% destinan-se a remunerar os "não-médicos".
Como foi isto possível?
Damos alvíssaras a quem nos disser o que ainda não sabemos para começarmos a dimensionar o crime que está a ser cometido para com os não-médicos.
Que há crime, não temos dúvidas.

Com amizade e dedicação
José Azevedo
[ 2 ] 
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Convocatórias dos "champignons".

Mais uma vez a destruição do papel do sindicato é visível, negoceia-se tudo em terra de cegos....
Incentivos Financeiros - Convocatória para Reuniões Regionais 
Caros(as) Associados(as) e Profissionais de Saúde das USF,
Atendendo à gravidade da situação, à necessidade de uma ampla participação das equipas e de ações coesas, a USF-AN vai promover, a nível regional, reuniões com os coordenadores e profissionais das USF.
Norte:
·        20/12/2013, 21h00 - Ordem dos Médicos do Porto - representação de todas as equipas, pelo menos pelo Coordenador + Enfermeiro + Secretário Clínico
o   Avaliar a situação e discutir as medidas a adotar ao nível das USF e da USF-AN 
·        27/12/2013, 21h00 - Ordem dos Médicos do Porto - equipas multiprofissionais de todas as USF
o   Avaliar o impacto das medidas tomadas, entidades apoiantes e novas formas de luta 
Sul:
·        26/12/2013, 20h30 - USF Amato Lusitano, Amadora - representação de todas as equipas, pelo menos pelo Coordenador + Enfermeiro + Secretário Clínico
o   Avaliar a situação e discutir as medidas a adotar ao nível das USF e da
o   USF-AN 
Centro:
·        data e local a divulgar brevemente 
Junte-se à nossa Luta. Participe nas reuniões!
[ 3 ]
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USF-AN convoca reuniões regionais para discutir medidas a tomar face à suspensão do pagamento dos incentivos financeiros
·        Tempo Medicina -      Quinta-Feira, 19 de Dezembro de 2013

·      Perante o «congelamento» do pagamento dos incentivos financeiros a enfermeiros e secretários clínicos e à «gravidade da situação», a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) decidiu convocar, a nível regional, reuniões com os coordenadores e profissionais das USF, informa um comunicado publicado no site da USF-AN.
Assim, para amanhã, dia 20, às 21h00, na Ordem dos Médicos (OM) do Porto, está agendada uma reunião onde estarão representantes de todas as equipas (coordenador, enfermeiro e secretário clínico) da região para «avaliar a situação e discutir as medidas a adoptar ao nível das USF e da USF-NA».
No dia 27, no mesmo local, a reunião com as equipas multiprofissionais de todas as USF servirá para «avaliar o impacto das medidas tomadas, entidades apoiantes e novas formas de luta».
Um dia antes, no dia 26, está também agendado um encontro, na USF Amato Lusitano, Amadora, às 20h30, com representantes de todas as equipas.
O local e hora da reunião na região Centro serão oportunamente divulgados.
«Estado não é pessoa de bem!»
Entretanto, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) veio já em defesa dos trabalhadores,exortando «os médicos seus associados a manifestarem solidariedade activa para com os outros sectores profissionais que estão a ser esbulhados da recompensa pelo seu esforço e pelo seu trabalho».
Lembrando que o modelo organizativo das USF modelo B «pressupõe o pagamento de incentivos financeiros aos elementos de enfermagem e aos secretários clínicos nos casos em que o desempenho da USF atingiu patamares contratualizados», o sindicato acusa a tutela de ter «pouco respeito pelos profissionais».
Para o SIM, se existia a dúvida em relação a saber se o pagamento dos incentivos estava ou não englobado no artigo 35.º da LOE para 2013 (Lei n.º 66-B/ 2012, de 31 de Dezembro, que proíbe as valorizações remuneratórias), essa «deveria ter sido colocada há longos meses» atrás.

13ML51k
19 de Dezembro de 2013
[ 4 ]
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O DESESPERO JUSTIFICADO
> Se na realidade nos representam por favor manifestem-se e façam alguma coisa<, diziam as agora desesperadas.
Na realidade não vos representamos.
Se não sabem deviam saber que um Sindicato de Enfermeiros, como este é,
vive da quota dos seus dele associados.
Se todos tivessem o mesmo comportamento para com o espírito
associativo, a união que dá força, que vocês demonstram, certamente
não teriam o problema, com que se defrontam, porque não havia ninguém
para representar alguém.
Dizia o outro:
«Vieram prender o Judeu e eu não reagi, porque não sou Judeu;
Vieram prender o Anarquista e eu não reagi, porque não sou anarquista;
Vieram prender o Sindicalista e não reagi porque não sou Sindicalista;
Vieram prender-me a mim e já não havia ninguém para reagir e para me defender
».

Investir no Sindicato é como ter um seguro de vida ou de acidentes pessoais.
São coisas que pagamos, mas que desejamos nunca precisar dos seus préstimos.
«O Homem é um animal social; quem não se associa ou é um deus ou é uma
besta
», disse Aristóteles, o filósofo grego, que lançou as bases da
ciência moderna, há 2500 anos passados.
Como devem calcular não vamos ficar quietos, não por vossa causa,
porque não temos o dever de vos representar, mas por causa de muitos
outros a quem representamos efectivamente, pois são Associados deste
Sindicato.
Quem dá fortça aos Sindicatos são os Associados e quantos mais forem
mais força dão a quem defende os seus interesses.
Se fossem nossas Associadas até podiam saber os esforços que fizemos,
aquando da sua criação, para que as USF não fossem um projecto
condenado ao fracasso.
Não precisamos de ir aí verificar quem trabalha bem e quem trabalha
mal, porque nós andamos sempre por perto, mesmo que não notem a sua
presença.
Imaginem se estivessem numa das Unidades que citaram: USF/A ou UCSP
não estavam com o problema de ficarem sem os incentivos.
Mas se pensarem um pouco mais e mais bem, vão encontrar algumas
razões, por poucas que sejam para não julgarem as colegas que não
tiveram a sorte de serem "escolhidas" para uma USF/B.
Até poderiam perspectivar se não estariam a ser manipuladas por
aqueles que recebem 4.370€/mês+ ordenado base...
E já que falaram em estatística, sugerimos que perguntem à ACSS quais
são os dados estatísticos do SAPE e do SAM.
Nós já fizemos essa pergunta e a resposta foi de que SAPE drena para
SAM e só há estatística de SAM.
Uma das exigências do SE é separar as águas e atribuir a cada um o que
cada um faz.
Nunca se preocuparam com isto, pois não?
Outra razão de fundo é estarmos, no SE, a impedir que os Médicos
tenham indexados ao vencimento mensal os incentivos móveis que os
Enfermeiros e Administrativos só recebem no São Miguel se a colheita
for boa. Mas como os dados estatísticos dos Enfermeiros se entornam
para o SAM, não é difícil prever que, quanto a objectivos atingidos o
vosso saco está vazio e não é por aí que chegam aos incentivos.
É com profunda mágoa que olhamos para os vossos pés esburacados de
tantos tiros que lhes têm dado, sem sabermos como vos ajudar. Pois se
é verdade que os sindicalizados podem ajudar os não sindicalizados,
não é menos verdade que estes não ajudam em nada aqueles, pelo
contrário; prejudicam-nos ao prejudicarem-se a si próprios.
Nós vamos ajudar-vos, sim, não porque tenhamos obrigação de trabalhar
para os não sócios, mas porque são Enfermeiros sem espírito
associativo que com isso se prejudicam e prejudicam os que têm esse
espírito gregário e conseguem perceber que o Homem não faz nada sem a
ajuda do outro.
Até já propusemos uma data para reunirmos, na nossa sede, com a
Associação USF-AN no próximo dia 27, respondendo prontamente, ao seu
pedido de ajuda.
Nós não agimos por obrigação mas por uma espécie de devoção e crença
na conversão de muitos que se julgavam autosuficientes, ao
associativismo sindical, pois é este que tem competência legal para
negociar condições de vida e de trabalho para os seus associados e só.
E fazemos isto tudo sem auferirmos um cêntimo de remuneração, facto
que só por si, devia merecer o respeito e adesão dos que precisam de
defesa.
Acima de tudo, não gostamos de ver os oportunistas tirarem a sardinha do assador com a mão do gato para não se queimarem, perceberam?
Pensem nisto!
E,
Com amizade
José Azevedo

No dia 19 de Dezembro de 2013 às 17:27


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