{Cara
Coordenadora
Dra.
Cristiana Rolão,
Tendo
tido conhecimento da falta de pontualidade por parte da equipa de enfermagem
solicito que desenvolva os melhores esforços juntamente com a Dir. Enfermagem
no sentido de relembrar a todos que a assiduidade e PONTUALIDADE é um dever que
a todos assiste. Parece um conceito similar que na verdade não é como sabem e
tem as suas consequências.
Acima
de tudo, preocupa-me que profissionais que estão a caminhar para um modelo B
não cumpram “pelo menos” as 8h de serviço diárias.
Os
esforços tem de ser de TODOS como equipa!
Solicito
esta sensibilização a todos para que possamos atingir os exigentes objectivos a
que nos propomos – USF Modelo B.
Melhores
Cumprimentos,
Sandra Rita}
Sandra Rita}
Diretora
Executiva - ACES Tâmega II VSS
Travessa
Rua Marques Pombal
4560-682
PENAFIEL
COMENTÁRIO DO SE:
Mas não é possível!
Mas não é possível!
Esta recomendação sofre de vários erros evidentes ou subentendidos:
O primeiro é; controlo de assiduidade e pontualidade; elaboração de horários é função dos enfermeiros chefes, enquanto categorias subsistentes, cujos lugar e funções não podem ser ocupados por outrem, enquanto subsistirem.
Por isso, a Senhora Directora Executiva endossou, erradamente, à Coordenadora Médica, uma coisa que não é da competência desta, a não ser como uma piedosa intenção, igual a muitas, que enchem o inferno.
O segundo erro é chamar à colaboração nesta piedosa intenção a Direcção de Enfermagem.
Ora, conhecendo como conhecemos a quantidade de chefes de carreira, de que dispões o ACES;
Conhecendo como conhecemos, que o simulacro conveniente, estímulo da ganância partidária (do Partido, note-se) de "direcção de enfermagem", não tem funções que lhe permitam imiscuir-se, intrometer-se no controlo dos horários, pois como vogal do Conselho Clínico não tem competências para isso; como direcção de enfermagem só o é para fins de avaliação do desempenho.
Portanto, prevalecem as categorias subsistentes a quem o endosso do ofício deve ser feito. Isto se é que não se trata duma confusão baseada em preconceitos da "minha Enfermeira", que algumas Médicas tanto gostam de usar, como coisas, pessoas reificadas, a quem não se reconhecem direitos de horário certo.
[.....cumpram “pelo menos” as 8h de serviço diárias.] É a ausência de horário que está subjacente nesta chamada de atenção (pelo menos 8 horas e daí para cima é o que se queira, apre! irra! basta!) que não é legal nem oportuna, por infundada, saída de boatos e não de factos.
Se isto não viesse dos Médicos tipo FNAM, apetecia-nos formular a pergunta:
Como é com os Médicos esse cumprimento de "pelo menos 8 horas diárias de serviço" pagas principescamente, relativamente aos Enfermeiros?
Essa é que seria a competência da Médica coordenadora. Mas a Directora Executiva prefere que sejam os Enfermeiros a dar os bons exemplos, moralizadores do sistema, para serem da classe B que é o principal objectivo. Todavia esquece, entre outros, um pormenor; os Enfermeiros para o que lhes paga, já trabalham horas a mais. Se podarem algumas, só prova que não são lerdos de todo.
Por aqui se vê como é necessário e urgente refazer as chefias de enfermagem que não se podem quedar nos "interlocutores", "interpretes", "responsáveis", "intermediários"capatazes" (as coisas que elas inventam), para não se confundirem com os "coordenadores" que projetaram ser a designação dada a Médicos, enquanto por aí andarem e não passarem ao regime de "convencionados", como o seu Bastonário, já vai dizendo, na urgente desproletarização da Classe Médica, precisamente um dos pontos do trio de promessas do seu programa de candidatura, expresso neste blog, lá para baixo.
Estamos disponíveis para não deixarmos destruir o pouco que resta da anterior carreira de Enfermagem, enquanto o Governo não abrir o processo de negociação do futuro Enfermeiro. Por esta via pode dar mostras de que está interessado na REFORMA dos CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS...
Temos em nosso poder o protocolo assinado, entre a FNAM e o Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde; é nesta base que se fundamentam as promessas das USF/A passarem a B...
Não seria mais fácil dar os mesmos incentivos a todas as USF, em vez de fazerem disso uma coutada da FNAM, que já vem do RRE, com ligeiras alterações, para mais refinado?
Sempre se esforçaram por abafar a nossa voz revoltada, quanto à excrescências da coutada.
A pouco e pouco vão os Enfermeiros percebendo o que queremos que eles entendam.
Com amizade,
Bom Ano
{Mas um velho de aspecto venerando,/
Que ficava nas praias, entre a gente,/
Postos em nós os olhos, meneando/
Três vezes a cabeça descontente,/
A voz pesada um pouco alevantando,/
Que nós no mar ouvimos claramente,/
C'um saber só de experiências feito,/
Tais palavras tirou do experto peito:/
- «Ó glória de mandar! Ó vã cobiça/
Desta vaidade a quem chamamos fama!/
Ó fraudulento gosto que se atiça/
C'ua aura popular que honra se chama!/
Que castigo tamanho e que justiça/
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,/
Que crueldades neles experimentas!} (in Lusíadas - canto 4º - estrofes 94 e 95)
Que ficava nas praias, entre a gente,/
Postos em nós os olhos, meneando/
Três vezes a cabeça descontente,/
A voz pesada um pouco alevantando,/
Que nós no mar ouvimos claramente,/
C'um saber só de experiências feito,/
Tais palavras tirou do experto peito:/
- «Ó glória de mandar! Ó vã cobiça/
Desta vaidade a quem chamamos fama!/
Ó fraudulento gosto que se atiça/
C'ua aura popular que honra se chama!/
Que castigo tamanho e que justiça/
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,/
Que crueldades neles experimentas!} (in Lusíadas - canto 4º - estrofes 94 e 95)
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