O pessoal do dito era o mesmo do serviço de radiologia do Hospital, que nem tinha capacidade para fazer RX de contraste.
No verão, quando as férias se impunham havia sempre um fusível que saía do aparelho do Hospital o que simplificava a vida dos funcionários do hospital, que eram os mesmos do neutrão e só tinham de dar assistência a um serviço; o do neutrão que fazia as radiografias com e sem contraste, para o Hospital
O CHSJ, onde se deu o milagre Ferreirinha, da parte de tarde, não tem radiologia; é a firma Campos Costa que factura entre 15 e 30 mil euros por dia (é só ver as contas-facturas e as causas: ó IGAS, ó IGAS, onde te escondes?).
Ora não sabemos se este virus incubou nas galinhas ou nos porcos, mas pode ser tão contagioso como qualquer outra e já atingiu o HFF-Amadora Sintra que é em Queluz de baixo. Ora reparem;
Situação preocupante na Imagiologia do HFF (Amadora-Sintra)
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Apesar dos sucessivos alertas a crise instalou-se, pondo em risco os doentes. Toda esta situação já foi denunciada pelo SIM à ACSS e face ao agravar da situação, terá de ser pedida a intervenção do Sr. Ministro da Saúde.
A equipa de Radiologistas aceitou estar de urgência em presença física das 8h às 24h e de prevenção paga das 24h às 8h (que tecnicamente até é um regime de chamada, uma vez que seriam apenas pagas as horas que estivesse dentro do hospital, quando fosse chamado e com controlo biométrico), num acordo de cavalheiros com a Administração. Mas tal trabalho nunca foi pago pelo que os Radiologistas informaram que deixariam de dar a sua colaboração graciosa.
A Directora do Serviço assumiu a responsabilidade de responder às solicitações. Mas foi de férias e ninguém ficou a substitui-la, pelo que a partir do dia 18 de Julho não há médicos especialistas de Radiologia durante a noite, entre as 24h e as 8h, para efectuar ecografias ou relatar exames de TC de corpo urgentes.
Ou seja, entre as 24h e as 8h, os exames de TC cranio-encefálica serão realizados no serviço de Imagiologia pela equipa de técnicos de radiologia em presença física, sendo o exame enviado por teleradiologia para ser relatado por médico de uma empresa prestadora de serviços. Os exames de TC de corpo e as ecografias que sejam necessárias pedir neste período de tempo, implicam o envio dos doentes por ambulância durante a noite para uma instituição privada, o Hospital da Luz, a fim de realizarem os exames, sendo de seguida devolvidos ao Hospital Amadora-Sintra.
Mas tal solução, subscrita pelo Director Clinico, é impensável para doentes internados, nomeadamente nas 4 unidades de cuidados intensivos que um hospital como o Hospital Amadora-Sintra dispõe, fruto da sua base populacional de 650 mil habitantes. Se o problema destes doentes tem sido até ao momento, serem estabilizados o suficiente para permitir a sua deslocação para a sala de TC dentro do hospital, a grande maioria não estará em condições para serem deslocados para outro hospital, logo, terão que esperar pela manhã seguinte.
Tudo isto ao que parece agravado pelas constantes dificuldades que a gestão coloca na obtenção do material mínimo para a realização dos procedimentos, e pela falta de resposta à desadequação e insuficiência de equipamentos. Frequentemente o Hospital Amadora-Sintra envia para o exterior termos de responsabilidade de exames e procedimentos terapêuticos de intervenção que podiam ser feitos na instituição, e com frequência para o sector privado, como é o caso dos acessos vasculares de hemodiálise ou angioplastias na doença arterial.
Ou seja: o hospital prefere pagar o transporte e a realização de exames numa instituição de saúde privada, quando tem disponível o equipamento e uma equipa de técnicos de radiologia de presença física no serviço durante as horas em questão, do que pagar as horas que um radiologista estaria dentro do serviço (durante a madrugada e com controlo biométrico, sem contabilizar tempo de deslocação ou risco da mesma).
Ou seja: o hospital prefere recrutar e pagar a empresas prestadoras de serviços do que celebrar contratos de trabalho estáveis com especialistas altamente diferenciados que já lá trabalham.
Com amizade e sem surpresa,
José Azevedo
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