segunda-feira, 18 de agosto de 2014

TRAPALHADAS

Trapalhadas e propaganda

Paulo Macedo, que acompanhou a operação juntamente com o diretor-geral de Saúde, Francisco George, garantiu que os portugueses «podem ter confiança» no dispositivo montado, na prevenção que está a ser feita, na ligação com a Organização Mundial de Saúde, em termos de instruções globais, nos equipamentos e no transporte de eventuais doentes, nos hospitais e em toda a parte de resposta laboratorial e de coordenação que está a ser feita. 
Entretanto, trabalhadores portugueses dos aeroportos estão preocupados, por não terem formação para lidar com passageiros infectados com o vírus do ébola. A Direcção-Geral de Saúde (DGS), por sua vez, garante que só irá ministrar a dita formação se for chamada a fazê-lo. “Não nos compete dar formação a esses trabalhadores. Os aeroportos têm gabinetes e sistemas próprios de saúde para esse efeito. Só o iremos fazer se pedirem a nossa colaboração”, garante a subdirectora-geral de Saúde, Graça Freitas. 
E, por estranho que pareça, passageiros norte americanos de um voo proveniente da Serra Leoa, foram rastreados em Lisboa, por técnicos da Direção-Geral de Saúde. E, depois de alguns dias de pernoita em Lisboa, seguiram para os Estados Unidos da América em vários voos de companhias regulares. 
Mas há mais. Um tuga a trabalhar na Libéria partiu da capital, Monróvia, fez escala em Bruxelas antes de aterrar em Lisboa. Sem perguntas ou quaisquer chatices sobre o ébola. Apesar de os países terem anunciado um reforço do controlo aeroportuário para tentar estancar o vírus na África Ocidental.  
Para a subdirectora-geral de Saúde (tudo numa nice) é absolutamente normal que um passageiro português ou de outra nacionalidade não seja abordado nos aeroportos, mesmo que venha de um país afectado. "Isto não quer dizer que não esteja a ser feito um controlo, as pessoas podem é não se aperceber que estão a ser observadas". 
Resumindo. Vale o “show off” das manobras do INEM . Com o sr ministro, Paulo Macedo e o director geral da DGS, Francisco George, a assistirem. O departamento de propaganda do MS não perde uma.

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