ENFERMAGEM

Prova escrita

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Hoje apetece-me ser polémico.
Imaginemos que em Portugal não há Ordem dos Enfermeiros.
O (aparente) excesso de enfermeiros, pela não contratação pelos serviços de saúde, faz com que o Ministério da Saúde tenha de regular de alguma forma o acesso à profissão.
O que é que decide?
Fazer uma prova para decidir os enfermeiros que são contratados e os que ficam de fora.
Andam-se meses a discutir a prova, há greves contra a prova, dezenas de artigos de opinião nos jornais, providências cautelares, press-release’s.
Na generalidade a indignação era porque, os enfermeiros já tinham um curso superior e por isto não tinham de ser avaliados novamente. Que a prova não tinha um desenho adequado para avaliar a atividade do enfermeiro. Que era tão fácil, que era um insulto e uma humilhação à atual capacidade intelectual do enfermeiro.
No fim de tudo a prova realizou-se e os resultados foram…
Bom, 14% reprovaram e ficara com atividade suspensa até à próxima prova.
63% cometeram erros de adequação do problema à pessoa. E 67% cometeram erros de sequência técnica.
Os resultados impressionaram. Mas, não foram surpresa.
Saindo do mundo da ficção.
Ainda bem que temos Ordem dos Enfermeiros.
Ainda bem, não porque podemos “esconder” os 14% que reprovaram, mas porque podem ser os próprios enfermeiros a regular a sua profissão e não alguém no Ministério da Saúde.
Mas é imperativo que aconteça. Temos o MDP que dependerá sempre de uma decisão ministerial para ser implementado.
Mas temos também o DPT que apenas depende dos enfermeiros e que deveria ter sido a prioridade.
Pode até ser criado ou ajustado outro modelo, mas regulemos a profissão.
Para  bem do cidadão, para bem dos enfermeiros, para bem da Enfermagem em Portugal.

*PARTE FICCIONADA INSPIRADA NO QUE OS PROFESSORES VIVERAM HÁ BEM POUCO TEMPO