Quando os males de horas incómodas estavam a afectar os Enfermeiros/as, nós, aqui, no Sindicato do Enfermeiros - SE, tivemos uma ideia bastante boa:
Fizemos o projecto do DL 62/79.
Reinava o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Mario Marques, cardiologistas de profissão, em Lisboa e, até, casado com uma distinta Enfermeira.
Leu-o e ficou tão maravilhado com a sua leitura, que disse entusiasmado: que coisa boa para aplicar aos Médicos!
Ainda não tinha pronunciado o último "S", já lhe dizia, em resposta: mas vai ser para todos ou não há decreto. Os tempos eram outros, em que os governantes, tinham a humildade suficiente para falarem com os sindicalistas e não tinham o estigma das castas tão vincado como o MS, que vê os Enfermeiros, como oriundos dos pés do Buda, que são os párias. E como gostava de ser desmentido!
Assim nasceu o DL 62/79, para todos os funcionários, dos hospitais e anexado, através do DL 412/98 de 30 de Dezembro ao art.56º- nº 11 do DL 437/91, só para Enfermeiros dos CSP.
E com esta medida, muitas doenças de coluna e outras, das que aparecem nas horas incómodas e atestadas, sob a honra profissional de distintos Médicos, desapareceram por milagre.
Nem a Senhora de Fátima, com o devido respeito, fez mais bem, em curas miraculosas.
Até foi preciso, em muitos hospitais, fazer uma divisão escalada dessas horas incómodas, agora bem compensadas, monetariamente!
Mas isto não se vê, nem no fundo de um copo de vodka, com sumo de laranja disfarçado, nem à luz psicadélica, nem ao som de chanca-chancas, que abanam o capacete e toldam a mioleira.
Aprende-se, olhando com atenção, as necessidades motivacionais dos profissionais.
O grupo parlamentar do PCP levou, à AR um projecto de restauro do DL 62/79, cujo resultado desconhecemos.
O que não desconhecemos é a necessidade urgente de o rever, repondo o que de lá tiraram pois este é o melhor exemplo do ditado: "a perder se ganha; a ganhar se perde"
Uma das causas de exaustão dos que não sofrem de doença atestada por Médico distinto, com honra profissional e tudo o mais, que se queira adicionar, no campo das virtudes, estão a manifestar graves sintomas de exaustão psicofísica, que o Ministro da Saúde não vê, porque não tem olhos para ver Enfermeiros e os seus problemas.
Enquanto discute, inutlmente, em diálogo de surdos, a patente dos medicamentos inovadores, na velha hepatite C, que as "forças do mal" do cartel da química, segundo Matthias Rath, tentam e conseguem impor (Já fizeram e conseguiram coisas maiores, nas duas grandes guerras alemãs), a exaustão dos Enfermeiros, por sobrecargas intoleráveis, mesmo para quem está habituado a cumprir, como é o caso dos Enfermeiros, põe em perigo a segurança de Enfermeiros e seus Utentes.
Oxalá não tenha que aprender, o Sr. Ministro, com os desleixos que está a dedicar aos Enfermeiros, oxalá!
Com amizade e preocupação séria,
José Azevedo
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